ENTRAR            

PESQUISA

Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online [R de Pesq: cuidado é fundamental Online -Bra-] 2015 abr-jun; 7(2): 2494-2504  Recebido em: 30/07/2014 Revisões requeridas: 11/11/2014 Aprovado em: 24/11/2014 Publicado em: 01/04/2015

Violência contra a mulher: agressores usuários de drogas ilícitas   Camila Daiane Silva,1 Vera Lúcia de Oliveira Gomes,2 Marina Soares Mota,3 Giovana Calcagno Gomes,4 Cristiane Lopes Amarijo5   (1) Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande � FURG. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem, Gênero e Sociedade-GEPEGS. (2) Enfermeira. Doutora em Enfermagem com Pós-Doutorado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Professora Titular da FURG. Líder do GEPEGS. Tutora do Grupo PET Enfermagem. (3) Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela FURG. Integrante do rupo de Estudos e Pesquisas em Enfermagem Saúde da Criança e Adolescente � GEPESCA. (4) Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professora da FURG. Líder do GEPESCA. (5) Enfermeira. Mestranda em Enfermagem no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da FURG. Integrante do GEPEGS.br

Resumo

Objetivo: delinear o perfil dos agressores usuários de drogas ilícitas e das vítimas, e identificar as formas de violência denunciadas na Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento às Mulheres. Método: estudo documental, com 195 inquéritos, constantes nos arquivos da DEAM entre outubro de 2011 e março de 2012, referentes à violência contra a mulher, cujos agressores eram usuários de drogas ilícitas. Resultados: na maioria dos casos, os agressores eram homens, brancos, entre 16 e 57 anos, com ensino fundamental incompleto e, além das drogas ilícitas, estavam sob o efeito de bebida alcoólica no momento da agressão. As vítimas eram brancas, entre 18 e 84 anos, com ensino fundamental completo, cinco possuíam curso superior. A principal forma de violência denunciada foi a física. Conclusão: a magnitude dessa problemática evidencia a necessidade do desenvolvimento de intervenções de apoio às vítimas e de políticas públicas efetivas para que o ciclo de violência seja interrompido.
Descritores: Usuários de drogas/ Violência contra a mulher/ Enfermagem.
 

Resumen
Violencia contra las mujeres: los agresores usuarios de drogas ilícitas

Objetivo: definir el perfil de los agresores usuarios de drogas ilícitas y de las víctimas e identificar las formas de violencia reportada en la unidad de policía especializada en la atención de las mujeres. Método: estudio Documental, con 195 averiguaciones que figuran en los archivos de DEAM, entre octubre 2011 y marzo 2012, en relación a la violencia contra las mujeres, y que los agresores eran usuarios de drogas ilícitas. Resultados: la mayoría de los agresores eran hombres, blancos, de entre 16 y 57 años, con la escuela primaria completa y además de las drogas ilícitas, se encontraban bajo la influencia del alcohol en el momento de la agresión. Las víctimas eran de raza blanca, de entre 18 y 84 años, con escuela primaria completa, y cinco tenían educación superior. Se informó que la principal forma de violencia fue la física. Conclusión: la magnitud de este problema demuestra la necesidad de desarrollar intervenciones para apoyar a las víctimas y políticas públicas eficaces para detener el ciclo de violencia.
Descriptores: Usuarios de drogas/ Violencia contra las mujeres/ Enfermería.
 

Abstract
Violence against women: aggressors drug users

Objective: to delineate the profile of aggressors� users of illicit drugs and of the victims and to identify the ways of violence denunciated in the Police Station Specialized of Women�s Assistance. Method: documentary study, with 195 examinations contained in DEAM files between October 2011 and March 2012, concerning violence against women, who aggressors were illicit drug users. Results: most of the aggressors were white men, between 16 and 57 years old, incomplete elementary education and beyond the illicit drugs, they were under the effect of alcohol drinks at the moment of the aggression. The victims were white, between 18 and 84 years old, complete elementary education and five of them had degree. Physical aggression was the main way of violence reported. Conclusion: the magnitude of this problematic evidence shows the need of development interventions of support to the victims and effectives public policies to interrupt the cycle of violence.
Descriptors: Drug users/ Violence against women/ Nursing.
 

Referêcias

1. Moura MAV, Albuquerque Netto L, Souza MHN. Perfil Sociodemográfico de mulheres em situação de violência assistidas nas delegacias especializadas. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2012;16(3):435�42.

2. Vieira LB, Padoin SMM, Oliveira IES, Paula CC. Intencionalidades de mulheres que decidem denunciar situações de violência. Acta paul enferm. 2012;25(3):423-9.

3. Brasil. Lei n. 11.340 de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Dispõe sobre mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Lei n. 11.340 de 7 de agosto de 2006 [Internet]. 2007 [acesso em 2014 Jan 10]. Disponível em: https://www.cepal.org/oig/doc/Bra2006.Leimariadapenha.pdf.

4. Centro Feminista de Estudos e Assessoria. Dados sobre Violência Contra as Mulheres no Brasil e no Mundo. CFEMEA [Internet]. 2007 [acesso em 2014 Jan 13]. Disponível em: <https://www.cfemea.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3466:dados-sobre-violencia-contra-as-mulheres-no-brasil-e-no-mundo&catid=215:artigos-e-textos&Itemid=149>

5. Presser AD, Meneghel SN, Hennigton EA. Mulheres enfrentando as violências: a voz dos operadores sociais. Saúde Soc. 2008;17(3):126-37.

6. Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul. Violência doméstica é tema de debate no mês da mulher. Secretaria Estadual da Saúde [Internet]. 2010 [acesso em 2014 Jan 28]. Disponível em: https://www.saude.rs.gov.br/conteudo/4156/?Viol%C3%AAncia_dom%C3%A9stica_%C3%A9_tema_de_debate_no_m%C3%AAs_da_mulher

7. Pesquisa Ibope. Percepções e reações da sociedade sobre a violência contra a mulher. Instituto Avon [Internet]. 2009 [acesso em 2014 Feb 10]. Disponível em: https://www.spm.gov.br/nucleo/dados/pesquisa-avon-violencia-domestica-2009.pdf

8. González-Guarda RM, Peragallo N, Lynch A, Nemes S. Drugs, Women and Violence in the Americas: U.S. Quantitative Results of a Multi-Centric Pilot Project (Phase 2). Rev colomb psiquiatr. 2010;1:39(supplement):66-83.

9. Guruge S. The role of the nurse Women Experiencing Intimate Partner Violence in the Context Sri Lanka. ISRN Nurs [Internet]. 2012 [acesso em 2014 Jan 23]. Disponível em: https://www.hindawi.com/isrn/nursing/2012/486273/

10. Rückert TR, Lima MADS, Marques GQ, Garlet er, Pereira WAP, Acosta AM. Assistência em Unidades Básicas de Saúde da Família às vítimas de violência na concepção de enfermeiras. Ciênc cuid saúde. 2008;7(2):180-6.

11. Leôncio KL, Baldo PL, João VM, Biffi RG. O perfil de mulheres vitimizadas e de seus agressores. Rev enferm UERJ. 2008;16(3):307-12.

12. Ribeiro DKL, Duarte JM, Lino KC, Fonseca MRCC. Caracterização das mulheres que sofrem violência doméstica na cidade de São Paulo. Saúde Coletiva. 2009;35(6):264-8.

13. Mahapatro M, Gupta RN, Gupta V. The Risk Factor of Domestic Violence in India. Indian J Community Med. [Internet]. 2012 [acesso em 2014 Jan 5]; 37(3):153�7. Disponível em: 14. Menezes JP, Moura MAV, Netto LA, Silva GF. Perfil sócio-demográfico de mulheres que sofreram com a violência de gênero no Rio de Janeiro: subsídios para a enfermagem. Rev pesqui cuid fundam (Online). 2010;2(Ed. Supl.):418-22.