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Referencia ISSN:0874-0283

 

 

 

ARTIGO DE INVESTIGAÇÃO

 

 

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Resiliência e ajustamento à maternidade no pós-parto

Marta Cristiana Malheiro Alegria Felgueiras,* Luís Carlos Carvalho da Graça**
*Mestre em Enfermagem. Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia Unidade Local de Saúde do Alto Minho, 4900-007, Viana do Castelo, Portugal [cristianafelgueiras@gmail.com]. Morada: Rua Martins Soares, lote 24, 4900-007 Viana do Castelo. **Doutor em Enfermagem. Docente, Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, 4900-314, Viana do Castelo, Portugal [luisgraca@ess.ipvc.pt]

Recebido para publicação em 19.09.12
Aceite para publicação em 19.09.13

Referencia 2013 III(11): 77-84

 

 

 

Cómo citar este documento

Felgueiras, Marta Cristiana Malheiro Alegria; Graça, Luís Carlos Carvalho da. Resiliência e ajustamento à maternidade no pós-parto. Referencia 2013; III(11). Disponible en <https://www.index-f.com/referencia/2013/311-077.php> Consultado el

 

Resumo

Mães resilientes possuem flexibilidade e força interior necessárias para recuperarem face às adversidades. A transição para a maternidade envolve um conjunto de tarefas que requerem a reestruturação de responsabilidades e comportamentos. Os enfermeiros especialistas em saúde materna e obstetrícia devem reconhecer a importância das suas intervenções nesta transição e adequar a sua prática, de forma a promoverem a vivência de uma parentalidade saudável. Foi objetivo do estudo avaliar a relação entre a resiliência e o ajustamento à maternidade. A amostra, não probabilística, foi constituída por 106 mães, com colheita de dados aos 3 meses após o parto, através da Resilience Scale (RS) e da Maternal Adjustment and Maternal Attitudes (MAMA). Observou-se boa consistência interna nos dois instrumentos (0,86 e 0,92). Imagem Corporal e Sintomas Somáticos foram as subescalas da MAMA que obtiveram apreciação mais negativa, enquanto Relação Conjugal e Atitudes Perante a Gravidez e o Bebé apreciação mais positiva. A Resiliência apresentou scores mais elevados na Autoconfiança e menos elevados na Autossuficiência. Os resultados indicaram uma associação negativa entre o ajustamento à maternidade e as atitudes maternas e a resiliência. Em conclusão: no pós-parto as mulheres com maior resiliência apresentam melhor ajustamento à maternidade e atitudes mais positivas.
Palavras chave: Adaptação psicológica/ Resiliência psicológica/ Puerpério/ Enfermagem materno-infantil.
 

Abstract
Resilience and maternal adjustment in the postpartum period

Resilient mothers have the flexibility and the inner strength necessary to bounce back from adversity. The transition to motherhood involves a new set of tasks that require the restructuring of responsibilities and behaviors. Midwives need to recognize the importance of their interventions in this process and adjust their practice to promote a healthy parenting experience. The aim of this study was to assess the relationship between resilience and maternal adjustment. The sample was non-probabilistic, consisted of 106 mothers, and data collection was performed when the babies were 3 months old, by administering the Resilience Scale (RS) and the Maternal Adjustment and Maternal Attitudes (MAMA) to their mothers. There was good internal consistency in both instruments (0,86 and 0,92). Body Image and Somatic Symptoms were the sub-scales from MAMA that had more negative scores, while Marital Relationship and Attitudes to Pregnancy/ Baby had the most positive scores. Resilience showed higher scores for self-confidence and lower for self-reliance. The results indicated a negative association between maternal adjustment and maternal attitudes and resilience. In conclusion: at the postpartum period, women with higher resilience have better adjustment to motherhood and more positive attitudes.
Key-words: Psychological adaptation/ Psychological resilience/ Postpartum period/ Maternal-child nursing.
 

Resumen
Resiliencia y adaptación a la maternidad en el posparto

Las madres resilientes tienen la flexibilidad y fuerza interior necesaria para recuperarse cuando las cosas no van bien. La transición a la maternidad implica un conjunto de tareas que requieren que las responsabilidades y los comportamientos se reestructuren. Los enfermeros especialistas en salud materna y obstetricia deben reconocer la importancia de sus intervenciones en este proceso y ajustar su práctica para promover una maternidad sana. El objetivo de este estudio fue evaluar la relación entre la resiliencia y la capacidad de adaptación a la maternidad. La muestra, no probabilística, constó de 106 madres y la recogida de datos se realizó a los 3 meses, mediante la aplicación de la Resilience Scale (RS) y de la Maternal Adjustment and Maternal Attitudes (MAMA). Se observó una buena consistencia interna en los dos instrumentos (0,86 y 0,92). La Imagen Corporal y los Síntomas Somáticos fueron las subescalas de la MAMA que obtuvieron una apreciación más negativa, mientras que la Relación de Pareja y Actitudes Hacia el Embarazo y el Bebé obtuvieron una apreciación más positiva. La Resiliencia mostró unos scores más elevados en Autoconfianza y menos en Autosuficiencia. Los resultados indicaron una asociación negativa entre adaptación a la maternidad y actitudes maternas y resiliencia. En conclusión: en el período de posparto, las mujeres con mayor resiliencia tienen una mejor adaptación a la maternidad y unas actitudes más positivas.
Palabras clave: Adaptación psicológica/ Resiliencia psicológica/ Período de posparto/ Enfermería materno infantil.
 

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