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Referencia ISSN:0874-0283

 

 

 

ARTIGO DE INVESTIGAÇÃO

 

 

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Intervenções não farmacológicas no controlo da dor em cuidados intensivos neonatais

Luís Manuel Cunha Batalha
Doutor em Biologia Humana, Professor Adjunto, Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, Investigador da UICISA-E [batalha@esenfc.pt]

Recebido para publicação em 13.4.2010
Aceitado para publicação em 3.9.2010

Referencia 2010 III(2): 73-80

 

 

 

Cómo citar este documento

Batalha, Luís Manuel Cunha. Intervenções não farmacológicas no controlo da dor em cuidados intensivos neonatais. Referencia 2010; III(2). Disponible en <https://www.index-f.com/referencia/2010/32-073.php> Consultado el

 

Resumo

Introdução: Apesar de se reconhecer que a maior parte da dor experimentada pelo recém-nascido (RN) pode ser prevenida ou substancialmente aliviada, inúmeros estudos continuam a revelar um tratamento insuficiente.
Objectivos: Determinar a prevalência e gravidade da dor sentida pelo RN submetido a cuidados intensivos e a efectividade das medidas terapêuticas não farmacológicas.
Metodologia: Numa UCIN de um Hospital Universitário estudaram-se 170 RN, ao longo de um ano, de que resultaram 844 observações. Os dados foram colhidos através da observação do RN, entrevista a pais e enfermeiros prestadores de cuidados e análise retrospectiva seriada dos registos intermitentes efectuados no processo clínico. A Intensidade da dor foi medida através da escala Echelle Douleur et d'Inconfort du Nouveau-Né (EDIN).
Resultados: Em oito horas de observação, as 844 observações realizadas mostraram uma alta prevalência de dor (94,8%), com predomínio para a dor ligeira (72,7%). As intervenções não farmacológicas foram utilizadas em 88,7% das observações, com evidência para os posicionamentos, massagens e técnicas de conforto.
Conclusões: Os enfermeiros usam com frequência e eficácia as medidas não farmacológicas de conforto, massagem e posicionamentos, mas outras técnicas deveriam ser incrementadas como o uso de sacarose, glicose ou aleitamento materno.
Palavras chave: Recém-nascido/ Enfermagem neonatal/ Unidades de terapia intensiva neonatal.

Abstract
Non-pharmacological interventions in pain management in neonatal intensive care

Background: Although it has been recognized that most of the pain experienced by the newborn can be prevented or substantially relieved, several studies continue to show an inadequate treatment.
Aims: To determine the prevalence and severity of the pain experienced by newborns receiving intensive care, as well as the effectiveness of non-pharmacological therapeutic measures.
Methods: At a Neonatal Intensive Care Unit of a University Hospital, 170 newborns were studied during one year, resulting in 844 observations. Data were collected based on newborn observation, an interview with parents and nurses who provided care, and a retrospective analysis of the clinical records. Pain intensity was measured using the EDIN scale (Echelle Douleur et d'Inconfort du Nouveau-Né).
Results: During 8 hours of observation, 94.8% of the 844 observations showed a high prevalence of pain, mostly mild pain (72.7%). Non-pharmacological interventions were applied in 88.7% of the observations, especially related to positioning, massage and comfort techniques.
Conclusions: Nurses use non-pharmacological measures of comfort, massage and positioning often and effectively, but other techniques should also be promoted, such as the use of sucrose, glucose or maternal breastfeeding.
Key-words: Newborn/ Neonatal nursing/ NICU.

Resumen
Intervenciones no farmacológicas en el control del dolor en cuidados intensivos neonatales

Introducción: A pesar de reconocerse que la mayor parte del dolor experimentado por el recién nacido (RN) puede ser prevenido o sustancialmente aliviado, innúmeros estudios revelan todavía un tratamiento insuficiente.
Objetivos: Determinar la prevalencia y gravedad del dolor sentido por el RN sometido a cuidados intensivos y la afectividad de las medidas terapéuticas no farmacológicas.
Metodología: En una UCIN de un Hospital Universitario, se estudiaron 170 RN a lo largo de un año, de donde resultaron 844 observaciones. Los datos fueron recopilados a través de la observación del RN, entrevista a padres y enfermeros prestadores de cuidados y análisis retrospectivo seriado de los registros intermitentes efectuados en el proceso clínico. La intensidad del dolor fue medida a través de la escala Echelle Douleur et d'Inconfort du Nouveau-Né (EDIN).
Resultados: En ocho horas de observación, las 844 observaciones realizadas mostraron una elevada prevalencia de dolor (94,8%), predominando el dolor ligero (72,7%). Las intervenciones no farmacológicas fueron utilizadas en un 88,7% de las observaciones, con incidencia en las posturas, masajes y técnicas de confort.
Conclusiones: Los enfermeros usan con frecuencia y eficacia las medidas no farmacológicas de confort, masaje y postura pero otras técnicas deberían ser añadidas, como el uso de sacarosa, glucosa o amamantamiento materno.
Palabras clave: Recién nacido/ Enfermería neonatal/ UCIN.

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