ENTRAR            

 


 

Texto & Contexto. ISSN:0104-0707 2018 v27n1 r27119p

 

 

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Ir a Sumario

 

 

Full text - English version

 

 

Não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual*

Tatiane Herreira Trigueiro,1 Marcelo Henrique da Silva,2 Deíse Moura de Oliveira,3 Maria Cristina Pinto de Jesus,4 Miriam Aparecida Barbosa Merighi5
1Doutora em Ciências da Saúde. Professora do Departamento de Enfermagem da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Paraná, Brasil. 2Doutor em Ciências da Saúde. Enfermeiro da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. 3Doutora em Ciências da Saúde. Professora do Departamento de Medicina e Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 4Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem Básica da Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, Minas Gerais, Brasil. 5Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Psiquiátrica. Escola de Enfermagem, USP. São Paulo, São Paulo, Brasil.

*Artigo extraído da tese - Não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual: enfoque fenomenológico, apresentada à Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), em 2015.

Recebido: 20 de agosto de 2016
Aprovado: 22 de maio de 2017

 

 

 

Cómo citar este documento

Trigueiro, Tatiane Herreira; Silva, Marcelo Henrique da; Oliveira, Deíse Moura de; Jesus, Maria Cristina Pinto de; Merighi, Miriam Aparecida Barbosa. Não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual. Texto Contexto Enferm, ene-mar 2018, 27(1). Disponible en <https://www.index-f.com/textocontexto/2018/27119p.php> Consultado el

Resumo

Objetivo: compreender os motivos da não adesão ao seguimento ambulatorial por mulheres que experienciaram a violência sexual. Método: pesquisa qualitativa fundamentada na Fenomenologia Social de Alfred Schütz, realizada com 11 mulheres atendidas em um serviço especializado. Para obtenção dos dados, utilizou-se a entrevista com questões abertas, realizada entre outubro de 2014 e abril de 2015. O conteúdo foi organizado em categorias e compreendido a partir do referencial adotado. Resultados: evidenciou-se a falta de articulação da rede de atendimento para o acolhimento da mulher, o seu sofrimento em ter que relatar diversas vezes nos serviços a agressão e o constrangimento diante dos profissionais de saúde. Mesmo não tendo concluído o seguimento ambulatorial, a mulher espera superar a violência sofrida, ressignificando sua vida por meio da volta aos estudos e ao trabalho. Conclusão: a perspectiva destas mulheres mostra pontos relevantes a serem considerados por profissionais de saúde. Estes incluem a articulação entre os serviços que compõem a rede de atendimento e a melhoria do acolhimento, com valorização da relação intersubjetiva - entre a mulher e os profissionais - como um caminho para aumentar a adesão ao seguimento ambulatorial.
Palabras chave: Violência sexual/ Estupro/ Enfermagem/ Assistência ambulatorial/ Atenção à saúde.
 

Resumen
La no adhesión al seguimiento ambulatorio por mujeres que sufrieron violencia sexual

Objetivo: comprender los motivos de la no adhesión al seguimiento ambulatorio por parte de mujeres que sufrieron violencia sexual. Método: investigación cualitativa fundamentada en la Fenomenología Social de Alfred Schütz y realizada con 11 mujeres atendidas en un servicio especializado. Para la obtención de los datos se utilizó la entrevista con preguntas abiertas que se llevó a cabo entre octubre del 2014 y abril del 2015. El contenido se organizó en categorías y fue comprendido a partir del referencial adoptado. Resultados: fue evidente la falta de articulación de la red de atendimiento para el acogimiento de la mujer y su sufrimiento al tener que relatar el problema varias veces en los servicios para agresión, y también, el constreñimiento ante los profesionales de la salud. Aún sin haber concluido el seguimiento ambulatorio, la mujer espera superar la violencia sufrida encaminando su vida por medio del regreso a los estudios y al trabajo. Conclusión: la perspectiva de estas mujeres muestra aspectos relevantes a ser considerados por los profesionales de la salud. Los mismos incluyen la articulación entre los servicios que componen la red de atendimiento y la mejoría del acogimiento, con valorización de la relación intersubjetiva, entre la mujer y los profesionales, como un camino para aumentar la adhesión al seguimiento ambulatorio.
Palabras clave: Violencia sexual/ Estupro/ Enfermería/ Asistencia ambulatoria/ Atención para la salud.
 

Abstract
Non-adherence to outpatient follow-up by women who experienced sexual violence

Objective: to understand the reasons for non-adherence to outpatient follow-up by women who experienced sexual violence. Method: qualitative study based on the Social Phenomenology of Alfred Schütz, carried out with 11 women who received medical care in a specialized service. For data collection, interviews with open-ended questions were carried out from October 2014 to April 2015. The resulting content was organized in categories and understood based on the framework adopted. Results: a lack of coordination among services to receive women was evidenced, as well as their suffering in having to report the assault several times, and embarrassment in the presence of healthcare professionals. Even without completing outpatient follow-up, women expect to overcome the violence suffered, giving new meanings to their lives, by returning to their studies and work. Conclusion: the perspective of these women shows important issues to be considered by healthcare professionals. These include the coordination among services of the healthcare network and improvement of care, with valuation of the intersubjective relationship between women and professionals, as a way to increase adherence to outpatient follow-up.
Key-words: Sex offenses/ Rape/ Nursing/ Ambulatory care/ Health care.
 

Referências

1. Jina R, Thomas LS. Health consequences of sexual violence against women. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol [Internet]. 2013 Feb [cited 2016 Aug 19]; 27(1):15-26. Available from: https://www.bestpracticeobgyn.com/article/S1521-6934(12)00134-4/pdf
2. Ministério da Saúde (BR), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes: Norma Técnica. 3. ed. Brasília (DF): MS; 2012.
3. Polejack L, Seidl EMF. Monitoramento e avaliação da adesão ao tratamento antirretroviral para HIV/ aids: desafios e possibilidades. Ciênc Saúde Coletiva [Internet]. 2010 Jun [cited 2016 Aug 19]; 15(supl.1):1201- 8. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/csc/v15s1/029.pdf
4. Bicanic I, Snetselaar H, De Jongh A, Van de Putte E. Victims' use of professional services in a Dutch sexual assault centre. Eur J Psychotraumatol [Internet]. 2014 Jun [cited 2016 Aug 19]; 5: 23645. Available from:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4064247/pdf/EJPT-5-23645.pdf
5. Viviescas-Vargas DP, Idrovo AJ, Lopez-Lopez E, Uicab-Pool G, Herrera-Trujillo M, Balam-Gomez M, et al. Effective coverage to manage domestic violence against women in mexican municipalities: limits of metrics. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2013 Aug [cited 2016 Aug 19]; 47(4):781-7. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n4/en_0080-6234-reeusp-47-4-0781.pdf
6. Facuri CO, Fernandes MAS, Oliveira KD, Andrade TS, Azevedo RCS. Violência sexual: estudo descritivo sobre as vítimas e o atendimento em um serviço universitário de referência no Estado de São Paulo, Brasil. Cad Saúde Pública [Internet]. 2013 May [cited 2016 Aug 19]; 29(5):889-98. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/csp/v29n5/08.pdf
7. Trigueiro TH, Merighi MAB, Medeiros ARP, Lopes CE, Mata NDS, Jesus MCP. Victims of sexual violence attended in a specialized service. Cogitare Enferm [Internet]. 2015 Abr-Jun [cited 2016 Aug 19]; 20(2):249- 56. Available from: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/view/40355/25510
8. Schütz A. Sobre fenomenologia e relações sociais: Alfred Schütz. Petrópolis (RJ): Vozes; 2012.
9. Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (PR). Atenção à mulher em situação de violência. Curitiba (PR): SMS; 2008.
10. Jesus MCP, Capalbo C, Merighi MAB, Oliveira DM, Tocantins FR, Rodrigues BMD, et al. The social phenomenology of Alfred Schütz and its contribution for nursing. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2013 Jun [cited 2016 Aug 19]; 47(3):736-41. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n3/en_0080-6234-reeusp-47-3-00736.pdf
11. Silva EB, Padoin SMM, Vianna LAC. Violence against women and care practice in the perception of the health professionals. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2015 Mar [cited 2017 Mar 11]; 24(1):229-37. Available from:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072015000100229&lng=en
12. Gomes N, Bomfim A, Diniz N, Souza S, Couto T. Percepção dos profissionais da rede de serviços sobre o enfrentamento da violência contra a mulher. Rev Enferm UERJ [Internet]. 2012 Oct-Nov [cited 2016 Aug 19]; 20(2):173-8. Available from:
https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/enfermagemuerj/article/view/4035/2787
13. Signorelli MC, Auad D, Pereira PPG. Violência doméstica contra mulheres e a atuação profissional na atenção primária à saúde: um estudo etnográfico em Matinhos, Paraná, Brasil. Cad Saúde Pública [Internet]. 2013 Jun [cited 2016 Aug 19]; 29(6):1230- 40. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/csp/v29n6/a19v29n6.pdf
14. Muganyizi PS, Nyström L, Axemo P, Emmelin M. Managing in the contemporary world: rape victims' and supporters' experiences of barriers within the police and the health care system in Tanzania. J Interpers Violence [Internet]. 2011 Nov [cited 2016 Aug 19]; 26(16):3187-209. Available from:
https://jiv.sagepub.com/content/26/16/3187.long
15. Santiñá M, Ríos J, Céspedes F, Martínez B. Indicadores de calidad del proceso de atención a las agresiones sexuales en un servicio de urgências. Rev Esp Med Legal [Internet]. 2014 Jul-Set [cited 2016 Aug 19]; 40(3):97-102. Available from:
https://www.elsevier.es/es-revista-revista-espanola-medicinalegal-285-articulo-indicadores-calidad-del-procesoatencion-S0377473214000042
16. Reis MJ, Lopes MHBM, Higa R, Bedone AJ. Nursing care of women who suffered sexual violence. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2010 Jul-Aug [cited 2016 Aug 19]; 18(4):740-7. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n4/12.pdf
17. Cybulska, B. Immediate medical care after sexual assault. Best Pract Res Clin Obstet Gynaecol [Internet]. 2013 Feb [cited 2016 Aug 19]; 27(1):141-9. Available from:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1521693412001356?via%3Dihub
18. Oliveira VNA, Meneghel SN. Atenção a mulheres vítimas de violência sexual em um hospital de referência, Porto Alegre, Brasil. Quaderns Psicol [Internet]. 2012 [cited 2016 Aug 19]; 14(2):101-9. Available from:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1521693412001356
19. Carmody D, Tregonning A, Nathan E, Newnham JP. Patient perceptions of medical students' involvement in their obstetrics and gynaecology health care. Aust N Z J Obstet Gynaecol [Internet]. 2011 Dec [cited 2016 Aug 19]; 51:553-8. Available from:
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1479-828X.2011.01362.x/abstract;jsessionid=-8D888324059B46CBFFFAC1DED4C0BC91.f02t03
20. Ministério da Saúde (BR), Gabinete do Ministro. Portaria Interministerial Nº 288, de 25 de março de 2015: estabelece orientações para a organização e integração do atendimento às vítimas de violência sexual pelos profissionais de segurança pública e pelos profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto à humanização do atendimento e ao registro de informações e coleta de vestígios. Brasília (DF): MS; 2015.
21. Gomes NP, Diniz NMF, Reis LA, Lorenzini EA. The social network for confronting conjugal violence: representations of women who experience this health issue. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2015 Apr-Jun [cited 2016 Aug 19]; 24(2):316-24. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/tce/v24n2/0104-0707-tce-24-02-00316.pdf
22. Bryant-Davis T, Ullman SE, Tsong Y, Gobin R. Surviving the storm the role of social support and religious coping in sexual assault recovery of African American Women. Violence Against Women [Internet]. 2011 Dec [cited 2016 Aug 19]; 17(12):1601- 18. Available from:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3844285/
23. Guedes RN, Fonseca RMGS, Egry EY. The evaluative limits and possibilities in the Family Health Strategy for gender-based violence. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2013 Apr [cited 2016 Aug 19]; 47(2):304-11. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/reeusp/v47n2/en_05.pdf

Principio de p�gina 

Pie Doc

 

RECURSOS CUIDEN

 

RECURSOS CIBERINDEX

 

FUNDACION INDEX

 

GRUPOS DE INVESTIGACION

 

CUIDEN
CUIDEN citación

REHIC Revistas incluidas
Como incluir documentos
Glosario de documentos periódicos
Glosario de documentos no periódicos
Certificar producción
 

 

Hemeroteca Cantárida
El Rincón del Investigador
Otras BDB
Campus FINDEX
Florence
Pro-AKADEMIA
Instrúye-T

 

¿Quiénes somos?
RICO Red de Centros Colaboradores
Convenios
Casa de Mágina
MINERVA Jóvenes investigadores
Publicaciones
Consultoría

 

INVESCOM Salud Comunitaria
LIC Laboratorio de Investigación Cualitativa
OEBE Observatorio de Enfermería Basada en la Evidencia
GED Investigación bibliométrica y documental
Grupo Aurora Mas de Investigación en Cuidados e Historia
FORESTOMA Living Lab Enfermería en Estomaterapia
CIBERE Consejo Iberoamericano de Editores de Revistas de Enfermería