ENTRAR            

 


 

Texto & Contexto. ISSN:0104-0707 2018 v27n1 r27113p

 

 

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Ir a Sumario

 

 

Full text - English version

 

 

Violência física e psicológica perpetrada no trabalho em saúde

Daiane Dal Pai,1 Isabel Cristina Saboia Sturbelle,2 Cibele dos Santos,3 Juliana Petri Tavares,4 Liana Lautert5
1Doutora em Enfermagem. Professora do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da URGS. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. 2Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da URGS. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. 3Enfermeira. Graduada pela URGS. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. 4Doutora em Enfermagem. Professora do Curso de Enfermagem do Centro Universitário Metodista IPA. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. 5Doutora em Psicologia. Professora do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da UFRGS. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil.

*Extraído da tese - Violência no Trabalho em Pronto Socorro: implicações para a saúde mental dos trabalhadores, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (URGS), em 2011.

Recebido: 05 de julho de 2016
Aprovado: 23 de novembro de 2016

 

 

 

Cómo citar este documento

Pai, Daiane Dal; Sturbelle, Isabel Cristina Saboia; Santos, Cibele dos; Tavares, Juliana Petri; Lautert, Liana. Violência física e psicológica perpetrada no trabalho em saúde. Texto Contexto Enferm, ene-mar 2018, 27(1). Disponible en <https://www.index-f.com/textocontexto/2018/27113p.php> Consultado el

Resumo

Objetivo: analisar a presença da violência física e psicológica entre trabalhadores da saúde, identificar seus perpetradores e compreender a origem das agressões. Método: estudo de abordagem mista. Os dados quantitativos foram coletados sobre amostra aleatória de 269 profissionais da equipe de saúde em hospital público da Região Sul do Brasil, dentre os quais, 20 sujeitos, vítimas de violência, compuseram sequencialmente a etapa qualitativa. Resultados: a violência física atingiu 15,2% (n=42) dos profissionais e a violência psicológica 48,7% (n=135) dos trabalhadores por meio de agressões verbais, 24,9% (n=69) sofreram assédio moral, 8,7% (n=24) discriminação racial e 2,5% (n=7) assédio sexual. Mulheres foram as principais vítimas da violência física, assédio moral e discriminação racial (p<0,05). Técnicos de enfermagem foram os mais expostos à violência física e assédio moral (p<0,05). O paciente foi o principal agressor da equipe de saúde (35,4%, n=98), seguido pelos colegas de trabalho (25,3%, n=70), chefia (21,7%, n=60) e acompanhantes (15,5%, n=43). Agravos neurológicos, abuso de álcool e de outras drogas foram relacionados à origem da agressão, razões que atenuaram a culpa dos pacientes pela violência. As condições impróprias de trabalho geraram revolta dos pacientes e entre os profissionais. Aspectos da organização do trabalho no hospital público foram apontados como causas para conflitos que repercutem em violências. Conclusões: a violência psicológica foi prevalente, mulheres e técnicos de enfermagem foram os mais expostos e pacientes os principais perpetradores. São necessárias medidas de contenção e prevenção, bem como investimentos sobre as condições e a organização do trabalho no hospital.
Palabras chave: Violência no trabalho/ Saúde do trabalhador/ Condições de trabalho/ Recursos humanos em saúde/ Recursos humanos de enfermagem/ Relações profissional-paciente/ Serviços de saúde.
 

Resumen
Violencia física y psicológica perpetrada en el trabajo en salud

Objetivo: analizar la presencia de violencia física y psicológica entre trabajadores de la salud, identificar a sus perpetradores y comprender el origen de las agresiones. Método: estudio de enfoque mixto. Los datos cuantitativos fueron recolectados sobre muestra aleatoria de 269 profesionales del equipo de salud en hospital público de la Región Sur de Brasil, entre los cuales, 20 sujetos, víctimas de violencia, compusieron secuencialmente la etapa cualitativa. Resultados: la violencia física alcanzó el 15,2% (n=42) de los profesionales y la violencia psicológica 48,7% (n=135) de los trabajadores por medio de agresiones verbales, el 24,9% (n=69) sufrieron acoso moral 8,7% (n=24) discriminación racial y 2,5% (n=7) acoso sexual. Las mujeres fueron las principales víctimas de la violencia física, el acoso y la discriminación racial (p<0,05). Los técnicos de enfermería fueron los más expuestos a la violencia física y el acoso moral (p<0,05). El paciente fue el principal agresor del equipo de salud (35,4%, n=98), seguido por los compañeros de trabajo (25,3%, n=70), jefatura (21,7%, n=60) y acompañantes (15,5%, n=43). Agravios neurológicos, abuso de alcohol y otras drogas se relacionaron con el origen de la agresión, razones que atenuaron la culpa de los pacientes por la violencia. Las condiciones impropias de trabajo generaron revuelta de los pacientes y entre los profesionales. Los aspectos de la organización del trabajo en el hospital público fueron señalados como causas para conflictos que repercuten en violencias. Conclusiones: la violencia psicológica fue prevalente, mujeres y técnicos de enfermería fueron los más expuestos y pacientes los principales perpetradores. Se necesitan medidas de contención y prevención, así como inversiones sobre las condiciones y la organización del trabajo en el hospital.
Palabras clave: Violencia en el trabajo/ Salud del trabajador/ Condiciones de trabajo/ Recursos humanos en salud/ Recursos humanos.
 

Abstract
Physical and psychological violence in the workplace of healthcare professionals

Objective: to analyze the presence of physical and psychological violence among health workers, identify their perpetrators and understand the origin of the aggressions. Method: a mixed approach study. The quantitative data were collected from a random sample of 269 professionals from the health team in a public hospital in the Southern Region of Brazil. Among these 269 professionals 20 were victims of violence and composed the qualitative step. Results: physical violence affected 15.2% (n=42) of the professionals and psychological violence affected 48.7% (n=135) of the workers by means of verbal aggression, 24.9% (n=69) moral harassment, 8.7% (n=24) racial discrimination and 2.5% (n=7) sexual harassment. Women were the main victims of physical violence, bullying and racial discrimination (p <0.05). Nursing technicians were the most exposed to physical violence and moral harassment (p <0.05). The patient was the main aggressor to the health team (35.4%, n = 98), followed by coworkers (25.3%, n=70), management (21.7%, n=60) and companions (15.5%, n=43). Neurological diseases, alcohol and other drug abuse were related to the origin of the aggression, reasons which absolve the patients from the guilt of their violent behavior. The improper work conditions caused acts of aggression in patients and among professionals. Aspects of work organization in the public hospital were highlighted as causes for conflicts which cause violent repercussions. Conclusions: psychological violence was prevalent, women and nursing technicians were the most exposed and patients were the main perpetrators. Containment and prevention measures are required, as well as investments for the work organization in the hospital.
Key-words: Violence at work/ Worker's health/ Work conditions/ Human resources in health/ Human resources of nursing/ Professionalpatient relations/ Health services.
 

Referências

1. Spector PE, Zhou ZQE, Che XX. Nurse exposure to physical and nonphysical violence, bullying, and sexual harassment: A quantitative review. Int J Nurs Stud. 2014 Jan; 51(1):72-84.
2. Edward KL, Ousey K, Warelow P, Lui S. Nursing and aggression in the workplace: a systematic review. Br J Nurs. 2014;23(12):653-4
3. Pompeii LA, Schoenfisch AL, Lipscomb HJ, Dement JM, Smith CD, Upadhyaya M. Physical assault, physical threat, and verbal abuse perpetrated against hospital workers by patients or visitors in six US hospitals. Am J Ind Med. 2015 Nov; 58(11):1194-204.
4. Pich J, Hazelton M, Sundin D, Kable A. Patient-related violence at triage: A qualitative descriptive study. Int Emerg Nurs. 2011 Jan; 19(1):12-9.
5. Krug EG, Dahlberg LL, Mercy JA, Zwi AB, Lozano R. Informe mundial sobre la violencia y la salud. Washington, D.C., Organización Panamericana de la Salud. Oficina Regional para las Américas de la Organización Mundial de la Salud [Internet]; 2003 [cited 2015 May 25]. Available from:
https://iris.paho.org/xmlui/bitstream/handle/123456789/725/9275315884.pdf?sequence=1
6. Organización Internacional del Trabajo, Consejo Internacional de Enfermeras, Organización Mundial de la Salud, Internacional de Servicios Públicos. Programa conjunto sobre la violencia laboral en el sector de la salud. Directrices marco para afrontar la violencia laboral en el sector de la salud [Internet]. Geneva (CH): WHO; 2002 [cited 2015 May 25]. Available from:
https://www.opas.org.br/gentequefazsaude/bvsde/.../SEWViolenceguidelineSP.pdf
7. Dal PD, Lautert L, Souza SBC, Marziale MHP, Tavares JP. Violência, burnout e transtornos psíquicos menores no trabalho hospitalar. Rev Esc Enferm USP. 2015 Jun; 49(3):457-64.
8. Itzhaki M, Peles-Bortz A, Kostistky H, Barnoy D, Filshtinsky V, Bluvstein I. Exposure of mental health nurses to violence associated with job stress, life satisfaction, staff resilience, and post-traumatic growth. Int J Ment Health Nurs. 2015 Oct; 24(5):403-12.
9. Atan SU, Arabaci LB, Sirin A, Isler A, Donmez S, Guler MU, et.al. Violence experienced by nurses at six university hospitals in Turkey. J Psychiatr Ment Health Nurs. 2013 Dec; 20(10):882-9.
10. Batista CB, Campos AS, Reis JC, Schall VT. Violência no trabalho em saúde: análise em unidades básicas de saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. Trab Educ Saúde. 2011; 9(2):295-317.
11. Fontes KB, Pelloso SM, Carvalho MDB. Tendência dos estudos sobre assédio moral e trabalhadores de enfermagem. Rev Gaúcha Enferm. 2011 Dec; 32(4): 815-822.
12. Vasconcellos IRR, Griep RH, Lisboa MTL, Rotenberg L. Violence in daily hospital nursing work. Acta Paul Enferm. 2012; 25(spe2):40-7.
13. Di Martino V. Workplace violence in the health sector - country case studies: Brazil, Bulgarian, Lebanon, Portugal, South Africa, Thailand, plus an additional Australian study: synthesis report. Geneva (CH): WHO; 2003.
14. Palácios M. Relatório Preliminar de Pesquisa. Violência no trabalho no Setor Saúde - Rio de Janeiro - Brasil. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2002.
15. Minayo, MCS. O Desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12ª ed. São Paulo (SP): Hucitec. 2010.
16. Koukia E, Mangoulia P, Papageorgiou DE, Gonis, N, Katostaras, T. Violence against health care staff by peers and managers in a general hospital in Greece: a questionnaire-based study. Aust J Adv Nurs. 2014 Jun-Aug; 31(4):45-56.
17. Park M, Cho SH, Hong HJ. Prevalence and perpetrators of workplace violence by nursing unit and the relationship between violence and the perceived work environment. J Nurs Scholarsh. 2015 Jan; 47(1):87-95. 18. Bashtawy M. Workplace violence against nurses in emergency departments in Jordan. Int Nurs Rev. 2013 Dec; 60(4):550-5.
19. Kvas A, Seljak J. Unreported workplace violence in nursing. Int Nurs Rev. 2014 Sep; 61(3):344-51. 20. AbuAlRub RF, Al-Asmar AH. Psychological violence in the workplace among Jordanian hospital nurses. J Transcult Nurs. 2014 Jan; 25(1):6-14.
21. Alameddine M, Mourad Y, Dimassi Hani. A national study on nurses' exposure to occupational violence in Lebanon: prevalence, consequences and associated factors. PLoS One. 2015 Sep 10; 10(9):e0137105. 22. Small CR, Porterfield S, Gordon G. Disruptive behavior within the workplace. Appl Nurs Res. 2015 May; 28(2):67-71.
23. Wei CY, Chiou ST, Chien LY, Huang N. Workplace violence against nurses - Prevalence and association with hospital organizational characteristics and health-promotion efforts: Cross-sectional study. Int J Nurs Stud. 2016 Abr; 56:63-70. 24. Lanza M. Patient Aggression in real time on geriatric inpatient units. Issues Ment Health Nurs. 2016 Jan; 37(1):53-8.
25. Gillespie GL, Bresler S, Gates DM, Succop P. Symptomatology among emergency department workers following workplace aggression. Workplace Health Saf. 2013 Jun; 61(6):247-54.
26. Xing K, Jiao ML, Ma HK, Qiao H, Hao YH, Li Y, et al. Physical violence against general practitioners and nurses in Chinese Township Hospitals: a crosssectional survey. Plos one [Internet]. 2015 Nov [cited 2016 May 25]; 10(11):e0142954. Available from:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4646672/
27. Karatza C, Zyga S, Tziaferi S, Prezerakos P. Workplace bullyng and general health status among the nursing staff of Greek public hospitals. Ann Gen Psychiatry [Internet]. 2016 [cited 2016 May 25]; 15:7. Available from:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4778280/
28. Etienne E. Exploring workplace bullying in nursing. Workplace Health Saf. 2014 Jan; 62(1):6-11.
29. Puy J, Romain-Glassey N, Gut M, Wild P, Mangin P, Danuser B. Clinically assessed consequences of workplace physical violence. Int Arch Occup Environ Health. 2015 Feb; 88(2):213-24.
30. Hahn S, Muller M, Hantikainen V, Kok G, Dassen T, Halfens RJG. Risk factors associated with patient and visitor violence in general hospitals: results of a multiple regression analysis. Int J Nurs Stud. 2013 Mar; 50(3):374-85.
31. Abou-ElWafa HS, El-Gilany AH, Abd-El-Raouf SE, Abd-Elmouty SM, El-Sayed REH. Workplace violence against emergency versus non-emergency nurses in mansoura university hospitals, Egypt. J Interpers Violence. 2015 Mar; 30(5):857-72.
32. Polaro SHI, Gonçalves LHT, Alvarez AM. Nurses challenging violence in the scope of practice in the Family Health Program. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2013 Dez [cited 2015 May 25]; 22(4):935-42. Available from:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072013000400009&lng=en&nrm=iso&tlng=en
33. Wisniewski D, Silva ES, Évora YDM, Matsuda LM. The professional satisfaction of the nursing team vs. Work conditions and relations: a relational study. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2015 Set [cited 2016 May 25]; 24(3):850-8.. Available from:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072015000300850&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Principio de p�gina 

Pie Doc

 

RECURSOS CUIDEN

 

RECURSOS CIBERINDEX

 

FUNDACION INDEX

 

GRUPOS DE INVESTIGACION

 

CUIDEN
CUIDEN citación

REHIC Revistas incluidas
Como incluir documentos
Glosario de documentos periódicos
Glosario de documentos no periódicos
Certificar producción
 

 

Hemeroteca Cantárida
El Rincón del Investigador
Otras BDB
Campus FINDEX
Florence
Pro-AKADEMIA
Instrúye-T

 

¿Quiénes somos?
RICO Red de Centros Colaboradores
Convenios
Casa de Mágina
MINERVA Jóvenes investigadores
Publicaciones
Consultoría

 

INVESCOM Salud Comunitaria
LIC Laboratorio de Investigación Cualitativa
OEBE Observatorio de Enfermería Basada en la Evidencia
GED Investigación bibliométrica y documental
Grupo Aurora Mas de Investigación en Cuidados e Historia
FORESTOMA Living Lab Enfermería en Estomaterapia
CIBERE Consejo Iberoamericano de Editores de Revistas de Enfermería