ENTRAR            

 


 

Texto & Contexto. ISSN:0104-0707 2018 v27n1 r27112p

 

 

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Ir a Sumario

 

 

Full text - English version

 

 

Práticas profissionais que silenciam a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes*

Gabriele Schek,1 Mara Regina Santos da Silva,2 Carl Lacharité,3 Marta Regina Cézar-Vaz,4 Maria Emília Nunes Bueno,5 Jeferson Ventura6
1Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da FURG. Bolsista Capes. Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. 2Doutora em Enfermagem. Docente da Escola de Enfermagem da FURG. Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. 3Doutor em Psicologia. Professor Université du Québec à Trois-Rivières. Quebéc, Canadá. 4Doutora em Enfermagem. Docente da Escola de Enfermagem da FURG. Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. 5Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da FURG. Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. 6Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da FURG. Bolsista Capes. Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil.

*Artigo resultado da tese - Práticas profissionais que silenciam a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes: um estudo em contextos institucionais, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), em 2016.

Recebido 10 de maio de 2016
Aprovado: 25 de outubro de 2016

 

 

 

Cómo citar este documento

Schek, Gabriele; Silva, Mara Regina Santos da; Lacharité, Carl; Cézar-Vaz, Marta Regina; Bueno, Maria Emília Nunes; Ventura, Jeferson. Práticas profissionais que silenciam a violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes. Texto Contexto Enferm, ene-mar 2018, 27(1). Disponible en <https://www.index-f.com/textocontexto/2018/27112p.php> Consultado el

Resumo

Objetivo: identificar, a partir do discurso dos profissionais que trabalham em serviços de proteção a crianças e adolescentes, práticas que silenciam a violência intrafamiliar. Método: estudo qualitativo, realizado com 15 profissionais, sendo seis enfermeiros, dois psicólogos, dois médicos, dois agentes comunitários de saúde, dois conselheiros tutelares e um assistente social. Os dados foram coletados entre novembro de 2013 e março de 2015, utilizando entrevistas semiestruturadas. Para o processo de organização, análise e interpretação dos dados foi utilizada uma matriz teórica construída a partir da Etnografia Institucional e a técnica de análise foi a textual discursiva. Resultados: foram identificadas três categorias: O agir reducionista frente à violência intrafamiliar contra criança e adolescentes; Os encaminhamentos como transferência da responsabilidade de proteger; A exclusão do agressor do processo de intervenção. Conclusão: as práticas desenvolvidas pelos profissionais deste estudo podem contribuir para a reincidência da violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes, colocando em evidência as fragilidades dos serviços que compõem a rede de proteção infanto-juvenil. Diante disso, este estudo propõe refletir sobre novas formas de agir frente à violência intrafamiliar, com vistas a assegurar que crianças e adolescentes tenham seus direitos garantidos.
Palabras chave: Violência doméstica/ Criança/ Adolescente/ Enfermagem/ Prática profissional.
 

Resumen
Prácticas profesionales que silencian la violencia intrafamiliar contra niños y adolescentes

Objetivo: identificar, a partir del discurso de los profesionales que trabajan en servicios de protección a niños y adolescentes, prácticas que silencian la violencia intrafamiliar. Método: estudio cualitativo, realizado con 15 profesionales, siendo seis enfermeros, dos psicólogos, dos médicos, dos agentes comunitarios de salud, dos consejeros tutelares y un asistente social. Los datos fueron recolectados entre noviembre de 2013 y marzo de 2015, utilizando entrevistas semi-estructuradas. Para el proceso de organización, análisis e interpretación de los datos se utilizó una matriz teórica construida a partir de la Etnografía Institucional y la técnica de análisis fue la textual discursiva. Resultados: se identificaron tres categorías: el actuar reduccionista frente a la violencia intrafamiliar contra niños y adolescentes; las referencias como transferencia de la responsabilidad de proteger; la exclusión del agresor del proceso de intervención. Conclusión: las prácticas desarrolladas por los profesionales de este estudio pueden contribuir a la reincidencia de la violencia intrafamiliar contra niños y adolescentes, resaltando las fragilidades de los servicios que componen la red de protección infanto-juvenil. Este estudio propone reflexionar sobre nuevas formas de actuar frente a la violencia intrafamiliar, con miras a asegurar que niños y adolescentes tengan sus derechos garantizados.
Palabras clave: Violência doméstica/ Criança/ Adolescente/ Enfermagem/ Prática profissional.
 

Abstract
Professional practices that silence domestic violence against children and adolescents

Objective: the objective of this study is to identify practices that silence domestic violence from the discourse of professionals who work in children and adolescent protection services. Method: this is a qualitative study, carried out with fifteen professionals, being six nurses, two psychologists, two physicians, two community health agents, two child protective council workers, and one social worker. The data were collected between November 2013 and March 2015, using semi-structured interviews. For the process of organization, analysis, and interpretation of the data, we used a theoretical matrix built from Institutional Ethnography, and the technique of analysis used was the textual discourse. Results: we have identified three categories: the reductionist action in relation to the domestic violence against children and adolescents; referrals as the transfer of the responsibility to protect; and, the exclusion of the aggressor from the intervention process. Conclusion: rhe practices developed by the professionals of this study can contribute to the recurrence of domestic violence against children and adolescents, highlighting the weaknesses of the services that make up the child and youth protection network. Therefore, this study proposes to reflect on new ways of acting against domestic violence, in order to ensure that children and adolescents have their rights guaranteed.
Key-words: Domestic violence/ Child/ Adolescent/ Nursing/ Professional practice.
 

Referências

1. Cater AK, Andershed AK, Andershed H. Youth victimization in Sweden: prevalence, characteristics and relation to mental health and behavioral problems in young adulthood. Child Abuse Negl. 2014; 38(8):1290-302.
2. Apostólico MR, Hino P, Yoshika E. Possibilities for addressing child abuse in systematized nursing consultations. Rev Esc Enferm USP [Internet]. 2013 [cited 2015 Dec 13]; 47(2):320-7. Available from:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342013000200007
3. Miller GE, Chen E, Parker KJ. Psychological stress in childhood and susceptibility to the chronic diseases of aging: moving toward a model of behavioral and biological mechanisms. Psychol Bull. 2011; 137(6):959- 97.
4. Moore SE, Scott JG, Ferrari AJ, Mills R, Dunne MP, Erskine HE, et al. Burden attributable to child maltreatment in Australia. Child Abuse Negl. 2015 Oct; 48:208-20.
5. Danese A, McEwen BS. Adverse childhood experiences, allostasis, allostatic load, and age-related disease. Physiol Behav. 2012; 106(1): 29-39.
6. Taillieu TL, Brownridge DA, Sareen J, Afifi TO. Childhood emotional maltreatment and mental disorders: results from a nationally representative adult sample from the United States. Child Abuse Neglect. 2016; 59: 1-12.
7. Habigzang LF, Azevedo GA, Koller SH, Machado PX. Risk and protective factors in the resource network for children and adolescences victims of sexual violence. Psicol Reflex Crít [Internet]. 2006 [cited 2016 Jan 14]; 19(3):379-86. Available from:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722006000300006
8. Hrickson MJ, Hill TD, Siegel RM. Barriers to domestic violence screening in the pediatric setting. Pediatrics. 2001; 108(1):98-102.
9. Ungar M, Liebenberg L, Dudding P, Armstrong M, Van De Vijverd, FJR. Patterns of service use, individual and contextual risk factors, and resilience among adolescents using multiple psychosocial services. Child Abuse Neglect. 2013; 37(2-3):150-9.
10. Smith DE. Institutional ethnograph: a sociology for people. Lanham (MD): AltaMira Press; 2005.
11. Moraes R, Galiazzi MC. Análise textual discursiva. 2ª ed. Ijuí (RS): Editora Unijuí; 2011.
12. Ministério da Saúde (BR). Estatuto da Criança e do Adolescente. 3ª ed. Brasília (DF): MS; 2006.
13. Cocco M, Silva EB, JAHN AC. Approach of health professionals in hospitals to children and adolescents victims of violence. Rev Eletr Enf [Internet]. 2010 [cited 2015 Oct 15]; 12(3): Available from:
https://www.fen.ufg.br/fen_revista/v12/n3/v12n3a11.htm
14. Oliveira AMN, Marques LA, Silva PA, Prestes RC, Biondi HS, Silva BT. Percepção dos profissionais de saúde frente às intervenções primárias: revelando a violência intrafamiliar. Texto Contexto Enferm [Internet]. 2015 [cited 2016 Sep 12]; 24(2):424-31. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/tce/v24n2/pt_0104-0707-tce-24-02-00424.pdf
15. Ribeiro jp, silva mrs, cezar-vaz mr, silva pa, silva bt. The protection of children and adolescents: an analysis of public policies and their relationship with the health sector. Educ enfer [internet]. 2013 [cited 2016 jan 14]; 31(1):133-41. Available from:
https://aprendeenlinea.udea.edu.co/revistas/index.php/iee/article/view/11520/14400
16. Moraes rlgl, sales zn, rodrigues vp, oliveira js. Ações de proteção a crianças e adolescentes em situação de violência. Rev cuidado fundam [internet]. 2016 [cited 2016 sep 12]; 8(2):4472-86. Available from:
https://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/4688/pdf_1901
17. Aragão as, ferriani mgc, vendruscollo ts, souza sl, gomes r. Primary care nurses' approach to cases of violence against children. Rev latino-am enfermagem [internet]. 2013 [cited 2015 nov 27]: 21(spe):172-9. Available from:
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0104-11692013000700022&script=sci_arttext&tlng=pt
18. Gomes np, erdmann al, mota ll, carneiro jb, andrade sr, koerich c. Referrals of women in domestic violence situations. Mundo da saúde [internet]. 2013 [cited 2016 feb 11]; 37(4):377-84. Available from:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mundo_saude/encaminhamentos_mulher_situacao_violencia_conjugal.pdf
19. Gonçalves cfg, silva lmp, pitangui acr, silva cc, santana mv. Network action for the care of adolescent victims of violence: challenges and possibilities. Texto contexto enferm [internet]. 2015 [cited 2015 nov 10]; 24(4):976-83. Available from:
https://www.redalyc.org/pdf/714/71443247008.pdf
20. Barros lm, albuquerque mcs, gomes np, riscado jls, araújo bro, magalhães jrf. The (un)receptive experiences of female rape victims who seek healthcare services. Rev esc enferm usp [internet]. 2015 [cited 2015 oct 10]; 49(2):193-200. Available from: https://
www.scielo.br/pdf/reeusp/v49n2/pt_0080-6234-reeusp-49-02-0193.pdf
21. Osborn m. Working with fathers to safeguard children. Child abuse neglect. 2014; 38(6):993-1001.
22. King w, reid c. National audit of emergency department child protection procedures. Emerg med j [internet]. 2003 may [cited 2016 jan 20]; 20 (3):222-4. Available from:
https://emj.bmj.com/content/20/3/222.full.pdf+html
23. Woiski ros, rocha dlb. Nursing care for sexually abused children in hospital emergency units. Esc anna nery [internet]. 2010 [cited 2015 nov 15]; 14(1):145- 50. Available from:
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1414-81452010000100021
24. Acosta df, gomes vlo, fonseca ad, gomes gc. Violência contra mulher por parceiro íntimo: (in) visbilidade do problema. Texto contexto enferm [internet]. 2015 [cited 2016 sep 15]; 24(1):121-7. Available from:
https://www.scielo.br/pdf/tce/v24n1/pt_0104-0707-tce-24-01-00121.pdf

Principio de p�gina 

Pie Doc

 

RECURSOS CUIDEN

 

RECURSOS CIBERINDEX

 

FUNDACION INDEX

 

GRUPOS DE INVESTIGACION

 

CUIDEN
CUIDEN citación

REHIC Revistas incluidas
Como incluir documentos
Glosario de documentos periódicos
Glosario de documentos no periódicos
Certificar producción
 

 

Hemeroteca Cantárida
El Rincón del Investigador
Otras BDB
Campus FINDEX
Florence
Pro-AKADEMIA
Instrúye-T

 

¿Quiénes somos?
RICO Red de Centros Colaboradores
Convenios
Casa de Mágina
MINERVA Jóvenes investigadores
Publicaciones
Consultoría

 

INVESCOM Salud Comunitaria
LIC Laboratorio de Investigación Cualitativa
OEBE Observatorio de Enfermería Basada en la Evidencia
GED Investigación bibliométrica y documental
Grupo Aurora Mas de Investigación en Cuidados e Historia
FORESTOMA Living Lab Enfermería en Estomaterapia
CIBERE Consejo Iberoamericano de Editores de Revistas de Enfermería