ENTRAR            

 


 

Texto & Contexto. ISSN:0104-0707 2016 v25n1 r251018p

 

 

 

ARTIGO ORIGINAL

 

Ir a Sumario

 

 

Full text - English version

 

 

Repercussões no processo de viver da pessoa com estoma

Marina Soares Mota,1 Giovana Calcagno Gomes,2 Vilma Madalosso Petuco3
1
Mestre em Enfermagem. Enfermeira da Secretaria de Saúde do Município de Turuçu. Turuçu, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: msm.mari.gro@gmail.com 2Doutora em Enfermagem. Professora Adjunto da Escola de Enfermagem, Universidade Federal do Rio Grande, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: giovanacalcagno@furg.br 3Doutora em Saúde Pública. Professora Titular do Instituto de Ciências Biológicas, Universidade de Passo Fundo. Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil. E-mail: vmpetuco@upf.br

Recebido: 10 de julho de 2014
Aprovado: 7 de abril de 2015

 

 

 

 

Cómo citar este documento

Mota, Marina Soares; Gomes, Giovana Calcagno; Petuco, Vilma Madalosso. Repercussões no processo de viver da pessoa com estoma. Texto Contexto Enferm, ene-mar 2016, 25(1). Disponible en <https://www.index-f.com/textocontexto/2016/251018p.php> Consultado el

 

Resumo

Estudo descritivo, com abordagem qualitativa, que objetivou conhecer as repercussões da estomização no processo de viver de pessoas com estoma. Este estudo foi realizado em um serviço de estomaterapia de um hospital universitário do Sul do Brasil, no primeiro semestre de 2011, com oito pessoas estomizadas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados pela análise temática. Evidenciou-se que a cirurgia ocorreu, geralmente, para evitar sua morte. Os pacientes apresentavam-se abatidos, revoltados, tristes e com dúvidas, buscando manter a estomização em segredo. Preocupavam-se com a aquisição dos recursos para seu autocuidado. Podiam apresentar complicações e vivenciar situações constrangedoras relativas ao estoma. No entanto, após adaptados, percebiam que era possível viver com o estoma, recuperando a alegria. Chegou-se à conclusão que eles eram capazes de (re)significar seu viver. Destacou-se o papel da enfermagem, habilitando-os para seu autocuidado, constituindo sua rede de apoio social e auxiliando-os a se tornarem autônomos no seu viver.
Descritores: Estomia/ Impacto psicossocial/ Adaptação/ Enfermagem.
 

Abstract
Repercussions in the living process of people with stomas

A descriptive study with a qualitative approach that aimed to identify the repercussions of ostomy construction on the living process of people with an ostomy. The study was performed at a Stomatherapy Service from a university hospital in southern Brazil, in the first semester of 2011, with eight patients. Data were collected through semi-structured interviews, and they were analyzed by thematic analysis. We found that the surgery happened to prevent patient deaths. Patients presented themselves as disheartened, angry, sad, having doubts, and they sought to keep the ostomy a secret. They were concerned with the acquisition of resources for self-care. They may present complications and experience embarrassing situations because of the stoma. However, they perceived that they could live with a stoma and regain joy. We concluded that they were able to reframe their lives. We highlight the role of nurses, enabling them for self-care, constituting part of their social support network, helping them to become able to live independently.
Descriptors: Ostomy/ Psychosocial impact/ Adaptation/ Nursing.
 

Resumen
Impactos en el proceso de vivir con personas estomizadas

Estudio descriptivo con un abordaje cualitativo, que objetivó identificar las repercusiones de la estomización en el proceso de vivir de las personas con estomía. Esto fue realizado en un Servicio de Estoma-Terapia de un hospital universitario en la región Sur del Brasil, en el primer semestre de 2011, con ocho portadores. Los datos fueron recolectados a través de entrevistas semiestructuradas y analizados por el análisis temático. Se encontró que la cirugía se llevó a cabo para evitar su muerte. Los pacientes se presentaron abatidos, enojados, tristes y con dudas. Ellos se preocupaban con la adquisición de recursos para su autocuidado. Presentaron complicaciones y pasaron por situaciones embarazosas debido al estoma. Sin embargo, se dan cuenta que se puede vivir con un estoma y recuperar la alegría. Se deduce que son capaces de replantear sus vidas. Se destaca el papel de la Enfermería que les permite el auto-cuidado, constituyendo parte de su red de apoyo social, ayudándoles a ser capaces de vivir con autonomía.
Descriptores: Estomía/ Impacto psicosocial/ Adaptación/ Enfermería.
 

Referências

1. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria SAS/MS nº 400 de 16 de novembro de 2009 [online]. Brasília (DF): Ministério da Saúde. [acesso 2014 Dez 19] Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2009/prt0400_16_11_2009.html

2. Coelho AR, Santos FS, Dal Poggetto MT. Stomas changing lives: facing the illness to survive [online]. 2013 [acesso 2014 Dez 19]; 17(2):258-77. Disponível em: https://www.reme.org.br/artigo/detalhes/649.

3. Kimura CA, Kamada I, Guilhem D, Monteiro PS. Quality of life analysis in ostomized colorectal cancer patients. J Coloproctol [online]. 2013 [acesso 2014 Dez 19]; 33(4):216-21. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2237936313000622

4. Espadinha AMN, Da Silva MMDECVZN. O colostomizado e a tomada de decisão sobre a adesão à irrigação. Rev Enferm Ref [online]. 2011 [acesso 2014 Dez 19]; 3(4):89-96. Disponível em: https://www.scielo.oces.mctes.pt/scielo.php?pid=S0874-02832011000200009&script=sci_arttext

5. Cassero PAS, Aguiar JE. Percepções emocionais influenciadas por uma ostomia. Rev Saúde Pesq [online]. 2009 [acesso 2014 Dez 19]; 2(2):23-7. Disponível em: https://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/1058/780

6. Souza PCM, Costa VRM, Maruyama SAT, Costa ALRC, Rodrigues AEC, Navarro JP. As repercussões de viver com uma colostomia temporária nos corpos: individual, social e político. Rev Eletr Enferm [online]. 2011 [acesso 2014 Dez 19]; 13(1):50-9. Disponível em: https://www.fen.ufg.br/revista/v13/n1/pdf/v13n1a06.pdf

7. Gemmill R, Kravits K, Ortiz M, Anderson C, Lai L, Grant M. What do surgical oncology staff nurses know about colorectal cancer ostomy care? J Contin Educ Nurs. 2011; 42(2):81-8.

8. Moraes JT, Sousa LA, Carmo WJ. Análise do autocuidado das pessoas estomizadas em um município do centrooeste de Minas Gerais. Rev Enferm Cent O Min [online]. 2012 [acesso 2014 Dez 19]; 2(3):337-46. Disponível em: https://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/224/348

9. Mattos M, Maruyama SAT. A experiência de uma pessoa com doença renal crônica em hemodiálise. Rev Gaúcha Enferm [online]. 2010 [acesso 2014 Dez 19]; 31(3):428-34. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1983-14472010000300004&script=sci_arttext

10. Minayo MC. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11ª ed. São Paulo/Rio de Janeiro: HUCITEC/ABRASCO; 2008.

11. Ministério da Saúde (BR). Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996: diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Brasília (DF): CNS; 1996.

12. Santana JCB, Souza AB, Dutra BS. Perceptions of a group of nurses on the process of caring for patients with permanent colostomy. Rev Enferm UFPE On Line [online]. 2011 [acesso 2014 Dez 19]; 5(7):1710-5. Disponível em: https://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewArticle/1722. Portuguese.

13. Brum CN, Sodré BS, Prevedello PV, Quinhones SWM. O processo de viver dos pacientes adultos com ostomia permanente: uma revisão de literatura. Rev Pesq Cuid Fundam [Internet]. 2010 [acesso 2014 Dez 19]; 2(4):1253-63. Disponível em: https://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/viewFile/660/pdf_83

14. Cetolin SF, Beltrame V, Cetolin SK, Presta AA. Dinâmica sócio-familiar com pacientes portadores de ostomia intestinal definitiva. ABCD Arq Bras Ci Dig [online]. 2013 [acesso 2014 Dez 19]; 26(3):170-2. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-67202013000300003&lng=en

15. Nichol S, Thom R. Social connectivity in those 24 months or less postsurgery. J WOCN. 2011; 38(1):63-8.

16. Poletto D, Silva DMGV. Living with intestinal stoma: the construction of autonomy for care. Rev Latino-Am Enfermagem [online]. 2013[acesso 2014 Dez 19]; 21(2):. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n2/pt_0104-1169-rlae-21-02-0531.pdf

17. Sales CA, Violin MR, Waidman MAP, Marcon SS, Silva MAP. Emotions of people living with ostomies: existential comprehension. Rev Esc Enferm USP [online]. 2010 [acesso 2014 Dez 19]; 44(1):221-7. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0080-62342010000100031&script=sci_arttext&tlng=es

18. Santana JCB, Dutra BS, Tameirão MA, Silva PF, Moura IC, Campos ACV. O significado de ser colostomizado e participar de um programa de atendimento ao ostomizado. Cogitare Enferm [online]. 2010 [acesso 2014 dez 19]; 15(4):631-8. Disponível em: https://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/cogitare/article/view/20358/13519

19. Chao HL, Tsai TY, Livneh H, Lee HC, Hsieh PC. Patients with colorectal cancer: relationship between demographic and disease characteristics and acceptance of disability. J Adv Nurs. 2010; 66(10):2278-86.

20. Brasil. Decreto-lei n. 5.296 de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Brasília (DF): DOU; 2004.

21. Souza JL, Gomes GC, Barros EJL. O cuidado à pessoa portadora de estomia: o papel do familiar cuidador. Rev Enferm UERJ [online]. 2009 [acesso 2014 Dez 19]; 17(4):550-5. Disponível em: https://www.facenf.uerj.br/v17n4/v17n4a17.pdf

22. Nascimento CMS, Trindade GLB, Luz MHBA, Santiago RF. Vivência do paciente estomizado: uma contribuição para a assistência de enfermagem. Texto Contexto Enferm [online]. 2011 [acesso 2014 Dez 19]; 20(3):557-64. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/tce/v20n3/18.pdf

23. Caetano CM, Beuter M, Jacobi CS, Mistura C, Rosa BVC, Seiffert MA. O cuidado à saúde de indivíduos com estomias. Rev Bras Ciênc Saúde [online]. 2014[acesso 2014 dez 19]; 12(39):59-65. Disponível em: https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_ciencias_saude/article/view/2100/1487

24. Barros EJL, Santos SSC, Gomes GC, Erdmann AL. Gerontotecnologia educativa voltada ao idoso estomizado à luz da complexidade. Rev Gaúcha Enferm. 2012; 33(2):95-101.

Principio de p�gina 

Pie Doc

 

RECURSOS CUIDEN

 

RECURSOS CIBERINDEX

 

FUNDACION INDEX

 

GRUPOS DE INVESTIGACION

 

CUIDEN
CUIDEN citación

REHIC Revistas incluidas
Como incluir documentos
Glosario de documentos periódicos
Glosario de documentos no periódicos
Certificar producción
 

 

Hemeroteca Cantárida
El Rincón del Investigador
Otras BDB
Campus FINDEX
Florence
Pro-AKADEMIA
Instrúye-T

 

¿Quiénes somos?
RICO Red de Centros Colaboradores
Convenios
Casa de Mágina
MINERVA Jóvenes investigadores
Publicaciones
Consultoría

 

INVESCOM Salud Comunitaria
LIC Laboratorio de Investigación Cualitativa
OEBE Observatorio de Enfermería Basada en la Evidencia
GED Investigación bibliométrica y documental
Grupo Aurora Mas de Investigación en Cuidados e Historia
FORESTOMA Living Lab Enfermería en Estomaterapia
CIBERE Consejo Iberoamericano de Editores de Revistas de Enfermería