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Texto & Contexto. ISSN:0104-0707 2014 v23n4 r230880

 

 

 

ARTIGO ORIGINAL

 

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Full text - English version

 

 

Sobrevivi ao câncer: análise fenomenológica da linguagem dos sobreviventes

Catarina Aparecida Sales,1 Carla Simone Leite de Almeida,2 Julia Wakiuchi,3 Kelly Cristine Piolli,4 Kesley Reticena5
1Doutora em Enfermagem. Docente da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Maringá, Paraná, Brasil. 2Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UEM. Maringá, Paraná, Brasil. Docente do Instituto Federal de Santa Catarina, Joinville, Santa Catarina, Brasil. 3Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UEM. Bolsista CAPES, Maringá, Paraná, Brasil. 4Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UEM. Docente da Faculdade Adventista Paranaense. Ivatuba, Paraná, Brasil. 5Mestranda do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UEM. Bolsista CAPES. Maringá, Paraná, Brasil

Recebido em 09 de julho de 2013
Aprovação final em 06 de dezembro de 2013

Texto Contexto Enferm 23(4): 880-888

 

 

 

Cómo citar este documento

Sales, Catarina Aparecida; Almeida, Carla Simone Leite de; Wakiuchi, Julia; Piolli, Kelly Cristine; Reticena, Kesley. Sobrevivi ao câncer: análise fenomenológica da linguagem dos sobrevivente. Texto Contexto Enferm, oct-dic 2014, 23(4). Disponible en <https://www.index-f.com/textocontexto/2014/230880.php> Consultado el

 

Resumo

Buscou-se compreender os sentimentos de pessoas que sobreviveram ao câncer, por meio da pesquisa qualitativa, com a abordagem fenomenológica heideggeriana. Foram sujeitos cinco sobreviventes de câncer, acompanhados entre os anos de 2004 e 2005 por um projeto de extensão universitária no Noroeste do Paraná. Para captar os sentimentos dos sobreviventes, foi utilizada a entrevista fenomenológica. As pessoas foram entrevistadas, no próprio domicílio, entre os meses de janeiro a fevereiro de 2013, com a seguinte questão norteadora: "Como está sendo para você ter sobrevivido ao câncer?" Da análise dos discursos, emergiram quatro temáticas ontológicas: (Re) Lembrando o vigor de ter sido; (Re) Encontrando-se com a espiritualidade; Temendo a recidiva da doença; Esquecendo-se da temporalidade de existir com câncer. Concluímos que, em seu sendo-curada, as pacientes convivem com a angústia, que as lança a um estado aflitivo pelo temor da recidiva, como também as possibilita encontrar um novo sentido à vida.
Descritores: Neoplasias. Sobrevida. Cuidados de enfermagem

 

Resumen
Sobrevivi al cáncer: análisis fenomenológica del linguaje de los sobrevivintes

Buscamos comprender los sentimientos de personas que sobrevivieron al cáncer, por medio de la investigación cualitativa e abordaje fenomenológica heideggeriana. Fueron sujetos cinco sobrevivientes de cáncer, acompañados entre los años de 2004 y 2005 por un proyecto de extensión en el Noroeste de Paraná. Para captar los sentimientos de los sobrevivientes fue usada la entrevista fenomenológica. Las personas fueron entrevistadas, en el propio domicilio, entre los meses de enero a febrero de 2013, con la siguiente cuestión: "¿Cómo es para usted haber sobrevivido al cáncer?" Emergieron cuatro temáticas ontológicas: (Re) Acordándose el vigor de haber sido; (Re) Encontrándose con la espiritualidad; Temiendo la recidiva de la enfermedad; Olvidándose de la temporalidad de existir con cáncer. Llegamos a la conclusión que, en su ser-sanado, los pacientes viven con la angustia, que lanza en un estado penoso, por temor a la recurrencia, así como permite encontrar un nuevo sentido a la vida.
Descriptores: Neoplasias. Sobrevida. Atención de enfermería

 

Abstract
I survived cancer: phenomenological analysis of the survivors' language

The study attempted to understand the feelings of people who have survived cancer, through qualitative research with Heidegger's phenomenological approach. The study subjects were five cancer survivors, followed up during 2004 and 2005 through a university extension project in the northwestern region of the state of Paraná. Phenomenological interviews were held to capture the survivors' feelings, at their homes, during January and February 2013. "How is it for you to have survived cancer?" was the orienting question. Four ontological issues emerged from the analysis of their discourses: (re-) remembering the vigor of having been; (re-) encountering spirituality; fear of the disease's recurrence; forgetting the temporality of living with cancer. We conclude that, in their being-healed, patients live with anxiety, that throws them into a distressing state for fear of recurrence, as well as enabling them to find a new meaning to life.
Descriptors: Neoplasms. Survivoship. Nursing care
 

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