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Resumo

Os cursos de preparação para o parto surgiram para reduzir a ansiedade e a dor associados ao parto, sendo hoje um direito legalmente estabelecido (Lei nº 142/99 de 31 de Agosto), com vantagens evidenciadas (Bento, 1992; Freitas e Freitas, 1996; Vieira, 1996; Leventhal et al. apud Figueiredo, Costa e Pacheco, 2002; Couto, 2006) que, contudo, ainda não estão disponíveis para todas as grávidas (Vieira, 1996; Antunes, Lopes e Fernandes, 2006).
Realizou-se um estudo descritivo-correlacional que teve como objectivos analisar a "Antecipação da Experiência de Parto" das grávidas que recorreram aos Serviços de Consulta Externa de Obstetrícia e Núcleo de Partos do Hospital de São Sebastião e comparar o efeito da variável "Preparação para o Parto" na "Antecipação da Experiência de Parto" dessas grávidas. Utilizou-se para o efeito um questionário constituído por duas partes: a primeira parte é composta por 13 questões que englobam a caracterização sócio-demográfica e a situação clínica, enquanto que a segunda parte apresenta a adaptação do Questionário de
Antecipação do Parto de Costa et al (2005).
Foram inquiridas 69 grávidas prímiparas, com um mínimo de 26 semanas de gestação que se deslocaram aos referidos serviços entre 11 de Abril e 6 de Junho de 2008, divididas por dois grupos (com e sem preparação para o parto), com recurso a uma amostragem não probabilística acidental (Fortin, 1999).
Do estudo conclui-se que as grávidas, que frequentaram no mínimo 4 sessões de preparação para o parto, apresentam um melhor planeamento e preparação para o parto, esperam sentir menos dor durante o mesmo, possuem mais conhecimentos sobre a anestesia epidural, treinam mais métodos de respiração e relaxamento, esperam demorar menos tempo a tocar no bebé e preparam o enxoval antes das grávidas que não realizaram preparação para o parto.
Palavras chave: Maternidade/ Gravidez.

Abstract
The effect of the variable 'preparation for childbirth' on anticipating the childbirth experience of pregnant women: comparative study

Childbirth preparation classes appear to reduce the anxiety and pain associated with childbirth, but are now a legally established right (Law No. 142/99, August 31), with advantages highlighted (Benedict, 1992; Freitas e Freitas, 1996; Vieira, 1996; Leventhal et al. Apud Figueiredo, Costa e Pacheco, 2002; Couto, 2006) which, however, are not yet available for all pregnant women (Vieira, 1996; Antunes, Lopes e Fernandes, 2006).
A quantitative, descriptive, correlational study was conducted (level II) with the objectives of analyzing the variable "Anticipating the Experience of Childbirth" of pregnant women who use the External Consultation Center for Obstetrics Service and Births Core at the Hospital de São Sebastião and comparing the effect of the variable "Preparation for Childbirth" on "Anticipating Childbirth Experience" in pregnant women. A questionnaire consisting of two parts was used. The first was composed of 13 questions to characterize the socio-demographic and clinical situation. The second part was the "Anticipation of Childbirth Questionnaire" (QAP) by Costa et al. (2005).
A non-probabilistic accidental sample (Fortin, 1999) of 69 primiparous women with a minimum of 26 weeks of gestation who used these services between April 11 and June 6, 2008 completed the questionnaire. The women were divided into two groups (with and without preparation for childbirth).
The conclusion was that pregnant women who attended at least 4 sessions of preparation for childbirth had better planning and preparation for childbirth, expected to feel less pain during the birth, had more knowledge about epidural anesthesia, practised methods of breathing and relaxation more, expected to take less time toutching the baby and prepared the layette sooner than those who did not attend childbirth preparation.
Key-words: Motherhood/ Pregnancy.
 

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