ENTRAR            

PESQUISA

Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online [R de Pesq: cuidado é fundamental Online -Bra-] 2014 jul-sep; 6(3): 998-1006  Recebido em: 27/05/2013 Revisões requeridas: Não Aprovado em: 06/01/2014 Publicado em: 01/07/2014

Liderança do enfermeiro responsável técnico: um fazer necessário para o exercício profissional   Éder de Almeida,1 Diéssica Roggia Piexak,2 Silomar Ilha,3 Mara Regina Caino Teixeira Marchiori,4 Dirce Stein Backes5   (1) Enfermeiro graduado pelo Centro Universitário Franciscano. (2) Mestre em Enfermagem. Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf/FURG). Bolsista CAPES/REUNI. (3) Mestrando do PPGEnf/FURG. Bolsista CAPES/DS. (4) Mestre em Enfermagem. Docente do Centro Universitário Franciscano. (5) Doutora em Enfermagem. Docente do Centro Universitário Franciscano

Resumo

Objetivo: conhecer como o enfermeiro responsável técnico exerce a função de liderança da equipe de enfermagem. Método: trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva de abordagem qualitativa, realizada com seis enfermeiros responsáveis técnicos que atuam na Associação Franciscana de Assistência à Saúde da região central do estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, com questões abertas, entre os meses de março e maio de 2012. Para a análise dos dados, foi utilizada a análise de conteúdo. Resultados: evidenciaram quatro categorias: Conciliar interesses e diferenças; Acreditar nas pessoas; Interação profissional dialógica e a Complexidade do ser humano. Conclusão: apesar da dificuldade em saber definir o conceito de liderança, os participantes demonstram que para ser líder não basta o conhecimento técnico-científico, mas a capacidade de lidar com a complexidade do ser humano, reconhecendo sua singularidade e multidimensionalidade.
Palavras chave: Pesquisa em enfermagem/ Equipe de enfermagem/ Liderança.
 

Resumen
Liderazgo del enfermero responsable tecnico: un quehacer necessáro para la práctica profesional

Objetivo: conocer cómo el enfermero responsable técnico ejerce su función de liderazgo frente al equipo de enfermería. Método: se trata de una investigación exploratoria y descriptiva de abordaje cualitativa realizada con seis enfermeros que trabajan en la Atención a Salud del estado del Rio Grande do Sul, Brasil. Los datos fueron recolectados por encuestas semi-estructuradas, con preguntas abiertas, entre los meses de marzo y mayo de 2012. Para el análisis de los datos fue utilizado el análisis de contenido. Resultados: se mostraron cuatro categorías: Conciliación de intereses y diferencias; Creer en las personas; Interacción profesional dialógica y la complejidad del ser humano. Conclusión: apesar de la dificultad en definir el concepto de liderazgo, los participantes han demostrado que para ser líder no es suficiente el conocimiento técnico-científico, más la capacidad de hacer frente a la complejidad del ser humano, reconociendo su singularidad y multidimensionalidad.
Palabras clave: Investigación en enfermería/ Grupo de enfermería/ Liderazgo.
 

Abstract
Leadership of the nurse technically responsible: a necessity for the professional practice

Objective: to understand how nurses technically responsible exercises leadership role of the nursing staff. Method: it is an exploratory and descriptive research with qualitative approach, carried out with six nurses technically responsible working at the Franciscan Health Care Association in the central region of Rio Grande do Sul state, Brazil. Data were collected through semi-structured interviews with open-ended questions, between March and May 2012. For data analysis it has been used the content analysis. Results: four categories were showed: Conciliating interests and differences; Believing in people; Dialogical Professional Interaction; and Complexity of the human being. Conclusion: spite of the difficulty in defining the concept of leadership, the participants show that leaders should not only have technical-scientific knowledge, but also the ability to deal with the complexity of human beings by taking into account their singularity and multidimensionality.
Key-words: Nursing research/ Nursing team/ Leadership.
 

Referências

1. Ramos VM, Freitas CASL, Silva MJ. A aprendizagem da liderança em Enfermagem: contribuições do internato em enfermagem para a formação do estudante. Esc Anna Nery [Internet]. 2011 [Acesso em 25 Novembro 2012]; 15(1):157-61. Disponível: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1414-81452011000100022&script=sci_arttext

2. Chiavenato I. Administração de recursos humanos: fundamentos básicos. 7a. ed. Barueri (SP): Manole; 2009.

3. Backes DS, Erdmann AL, Lunardi VL, Lunardi Filho WD, Erdmann RH. Rousing new approaches to the Nursing care management: a qualitative study. Online braz j nurs [Internet]. 2009 [Acesso em 25 Novembro 2012]; 8(2). Disponível: https://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=587409&indexSearch=ID

4. Gaudêncio P. Superdicas para se tornar um verdadeiro líder. São Paulo: Saraiva; 2007.

5. Amestoy SC, Cestari ME, Thofehrn MB, Milbrath VM, Trindade LL, Backes VMS. Processo de formação de enfermeiros líderes. Rev bras enferm [Internet]. 2010 [Acesso em 25 Novembro 2012]; 63(6):940-5. Disponével: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-71672010000600011&script=sci_arttext

6. García I, Santa BES. Relationship between nurses' leadership styles and power bases. Rev Latino-Am Enfermagem [Internet]. 2009 [Acesso em 25 Novembro 2012]; 17(3):295-301. Disponível: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19669037

7. Polit DF, Beck CT, Hungler BP. Fundamentos de pesquisa em Enfermagem: métodos, avaliação e utilização. 5a. ed. Porto Alegre: Artes Médicas; 2004.

8. Bardin L. Análise de conteúdo. 4a. ed. Lisboa: Edições, 2009.

9. Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa em seres humanos. Resolução nº 196, de 10 de outubro de 1996.

10. Morin, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 2ª. ed. São Paulo: Cortez; Brasília (DF): UNESCO; 2011.

11. Morin, E. A Cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 17ª. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil; 2010.

12. Amestoy SC, Cestari ME, Thofehrn MB, Milbrath VM, Porto AR. Características institucionais que interferem na liderança do enfermeiro. Rev Gaúcha Enferm [Internet]. 2009 [Acesso em 25 Novembro 2012]; 30(2):214-20. Disponível: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S1983-14472010000200025&lng=en&nrm=iso&tlng=pt

13. Maturana, H. A ontologia da realidade. Belo Horizonte: UFMG; 2001.

14. Neuman F, Cortez EA, Silva ICM, Silveira MJ, Moura P, Santos R. Liderança: o desafio das enfermeiras recém-formadas. Rev. de Pesq.: cuidado é fundamental On line. [Internet]. 2009 [Acesso em 25 Novembro 2012]; 1(1): 74-84. Disponível: https://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/291/278

15. Marta CB, Lacerda AC, Carvalho AC, Stipp MAC, Leite JL. Gestão de conflitos: competência gerencial do enfermeiro. Rev. de Pesq.: cuidado é fundamental Online. [Internet]. 2010 [Acesso em 25 Novembro 2012]; 2(Ed. Supl.):604-8. Disponível: https://www.seer.unirio.br/index.php/cuidadofundamental/article/view/1062/pdf_228

16. Nascimento CD, Fonseca ISS, Moura SB, Servo MLS. Agir do enfermeiro no exercício da liderança em enfermagem: dificuldades da prática. Rev enferm UFPE on line [Internet]. 2008 [Acesso em 25 Novembro 2012]; 2(4):434-37. Disponível: www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/.../1525

17. Pereira Á, Lima ACMV, Silva RS. The negotiation power: reflection about the managing of conflicts in nursing. Rev Enferm UFPE On Line [Internet]. 2009 [Acesso em 25 Novembro 2012]; 3(1):114-19. Disponível: https://www.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/enfermagem/article/view/195/298

18. Corradi EM, Zogda TRW, Pal MFB de. O gerenciamento de conflitos entre a equipe de enfermagem. Cogitare Enferm. 2008; 13(2):184-93.