ENTRAR            

Revisão integrativa de literatura

Revista de Pesquisa: Cuidado é Fundamental Online [R de Pesq: cuidado é fundamental Online -Bra-] 2014 ene-mar; 6(1): 62-73  Recebido em: 07.03.2012 Revisão requerida em: Não Aprovado em: 21.11.2013 Publicado em: 01.01.2014

O cotidiano de adultos e idosos após a revascularização miocárdica   Claudia Regina Maldaner,1 Margrid Beuter,2 Caren da Silva Jacobi,3 Camila Castro Roso,4 Claudelí Mistura,5 Margot Agathe Seiffert6   (1) Enfermeira do Setor de Cardiologia do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM). Mestranda em Enfermagem do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de Santa Maria UFSM/RS. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. E-mail: claumaldaner@yahoo.com.br (2) Doutora em Enfermagem. Professora Associado do Departamento de Enfermagem e do PPGEnf da UFSM/RS. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. E-mail: margridbeuter@gmail.com (3) Mestranda em Enfermagem do PPGEnf da UFSM/RS. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. E-mail: cahjacobi@hotmail.com (4) Doutoranda da Escola de Enfermagem da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/RS. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. E-mail: camilaroso@yhaoo.com.br (5) Mestranda em Enfermagem PPGEnf da UFSM/RS. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. E-mail: claumistura@gmail.com (6) Mestranda em Enfermagem do PPGEnf da UFSM/RS. Membro do Grupo de Pesquisa Cuidado, Saúde e Enfermagem. E-mail: margotenfer@gmail.com

Resumo

Objetivo: Descrever as evidências sobre as necessidades de cuidado e fatores que influenciam no cotidiano dos pacientes após a cirurgia de revascularização miocárdica.
Método: Revisão integrativa da literatura, com coleta dos dados nas bases Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online utilizando os descritores "revascularização miocárdica" and "alta do paciente" or "atividades cotidianas" or "reabilitação" or "ajustamento social", em janeiro de 2013. Foram analisados 12 artigos que constituíram o corpus do estudo.
Resultados: Os resultados apontam que o dia-a-dia após cirurgia inclui a necessidade de mudanças no estilo de vida. As repercussões negativas da revascularização miocárdica incluem a ansiedade, depressão e acompanhamento médico e os fatores positivos a diminuição dos sintomas anginosos.
Conclusão: Conclui-se que há carência de intervenções dos profissionais de enfermagem que contribuam na qualidade de vida dos indivíduos revascularizados, incentivando a autonomia na reconstrução da identidade.
Palavras chave: Enfermagem/ Revascularização miocárdica/ Cardiologia/ Alta do paciente/ Atividades cotidianas.
 

Abstract
The daily life of adults and elderly after myocardial revascularization

Objective: To describe the evidences on care needs and factors those influence the daily life of patients after myocardial revascularization surgery.
Method: An integrative review of literature, with data collection at the database Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences and Medical Literature Analysis and Retrieval System Online using the keywords "myocardial revascularization" and "patient discharge" or "everyday activities" or "rehabilitation" or "social adjustment" in January 2013. There were analyzed 12 articles those constituted the corpus of the study.
Results: The results indicate that the day-to-day after surgery includes the need for changes in lifestyle. The negative repercussions of myocardial revascularization include anxiety, depression and medical monitoring and the positive factors the decrease of anginal symptoms.
Conclusion: It was concluded that there is a lack of assistance from nursing professionals who contribute to the quality of life of revascularized patients by encouraging autonomy in the reconstruction of identity.
Key-words: Nursing/ Myocardial revascularization/ Cardiology/ Patient discharge/ Activities of daily living.
 

Resumen
El cotidiano de adultos y ancianos después de la revascularización miocárdica

Objetivo: Describir las evidencias sobre las necesidades de atención y los factores que influyen en la vida diaria de los pacientes después de la cirugía de revascularización miocárdica.
Método: Revisión integrada de la literatura, con la recopilación de datos en las bases de Literatura Latina Americana y del Caribe en Ciencias de la Salud y Medical Literature Analysis and Retrieval System Online utilizando las palabras clave "revascularización miocárdica" and "descarga de paciente" or "actividades cotidianas" or "rehabilitación" or "ajuste social" en enero de 2013. Se analizaron 12 artículos que constituyen el corpus del estudio.
Resultados: Los resultados indican que el día a día después de la cirugía incluye la necesidad de cambios en el estilo de vida. Los efectos negativos de la revascularización miocárdica son la ansiedad, la depresión y la vigilancia médica y los factores positivos son la disminución de los síntomas anginosos.
Conclusión: Se concluye que existe una falta de asistencia de los profesionales de enfermería que contribuyan a la calidad de vida de los pacientes revascularizados mediante el fomento de la autonomía en la reconstrucción de la identidad.
Palabras clave: Enfermería/ Revascularización miocárdica/ Cardiología/ Dispensa médica/ Actividades cotidianas.
 

Referências

1. Ministério da Saúde (Brasil). DATASUS (Departamento de Informática do SUS). Indicadores de mortalidade. Taxa de mortalidade específica por doenças do aparelho circulatório. Brasília (DF); 2013. [citado 20 jan 2013]. Disponível em: https://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?idb2011/c08.def

2. Organización Panamericana de La Salud. Información y Análises de Salud: Situación de Salud em Las Américas: Indicadores Básicos. Washington, DC, Estados Unidos da América; 2009.

3. Smeltzer SC, Bare BG, Hinkle JL, Cheever HH. Brunner & Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12ª ed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan; 2012.

4. Souza DSR, Gomes WJ. O futuro da veia safena como conduto na cirurgia de revascularização miocárdica. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2008; 23(3):III-VII.

5. Moraes F. Apologia ao uso da dupla mamária. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2011; 26(4):VI-VII.

6. Piegas LS, Bittar OJNV, Haddad N. Cirurgia de revascularização do miocárdio. Resultados do Sistema Único de Saúde. Arq Bras Cardiol. 2009; 93(5):555-60.

7. Teich V, Araujo DV. Estimativa de custo da Síndrome Coronariana Aguda no Brasil. Rev Bras Cardiol. 2011; 24(2):85-94.

8. Braile DM, Gomes WJ. Evolução da cirurgia cardiovascular. A saga brasileira. Uma história de trabalho, pioneirismo e sucesso. Arq Bras Cardiol. 2010; 94(2):151-2.

9. Vila VSC, Rossi LA, Costa MCS. Experiência da doença cardíaca entre adultos submetidos à revascularização do miocárdio. Rev Saúde Pública. 2008; 42(4):750-6.

10. Lima FET, Araújo TL, Moreira TMM, Lopes MVO, Medeiros AM. Características sociodemográficas de pacientes submetidos à revascularização miocárdica em um hospital de Fortaleza-CE. Rev Rene. 2009; 10(3):37-43.

11. Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & contexto enferm. 2008; 17(4):758-64.

12. Ursi ES, Galvão CM. Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da literatura. Rev Latino-Am Enferm. [periódico on line] 2006 [citado 20 jan 2013]; 14(1):124-31. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rlae/v14n1/v14n1a17

13. Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Making the case for evidence-based practice. In: Evidence-based practice in nursing & healthcare. A guide to best practice. Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Philadelphia: Lippincot Williams & Wilkins; 2005.

14. Mansano NG, Vila VSC, Rossi LA. Conhecimentos e necessidades de aprendizagem relacionadas à enfermidade cardíaca para hipertensos revascularizados em reabilitação. Rev Eletr Enferm. [periódico on line] 2009 jun [citado 20 jan 2013]; 11(2):349-59. Disponível em: https://www.fen.ufg.br/revista/v11/n2/v11n2a16.htm

15. Rodrigues GRS, Cruz EA. Estruturas das representações sociais dos ajustamentos social de indivíduos revascularizados do miocárdio. Rev Enferm UERJ. 2008 abr/jun; 16(2):230-5.

16. Gonçalves FDP, Marinho PEM, Maciel MA, Galindo FVC, Dornelas AA. Avaliação da qualidade de vida pós-cirurgia cardíaca na fase I da reabilitação através do questionário MOS SF-36. Rev Bras Fisioter. 2006 jan/mar; 10(1):121-6.

17. Lima FET, Araújo, TL. Correlação dos fatores condicionantes básicos para o autocuidado dos pacientes pós-revascularização do miocárdio. Rev Bras Enferm. 2005 set/out; 58(5):519-23.

18. McGillion M, Arthur HM, Cook A, Carroll SL, Victor JC, L'allier PL et al. Management of patients with refractory angina: Canadian Cardiovascular Society. Can J Cardiol. 2012 mar/apr; 28(2 Suppl):S20-41.

19. Drakos SG, Bonios M, Anastasiou-Nana MI, Tsagalou EP, Terrovitis JV, Kaldara E et al. Long-term survival and outcomes after hospitalization for acute myocardial infarction complicated by cardiogenic shock. Clin Cardiol. 2009 aug; 32(8):E4-8.

20. Sanchis J, Bodí V, Núñez J, Mainar L, Núñez E, Merlos P et al. Efficacy of coronary revascularization in patients with acute chest pain managed in a chest pain unit. Mayo Clin Proc. 2009 apr; 84(4):323-9.

21. Buser MA, Buser PT, Kuster GM, Grize L, Pfisterer M. Improvements in physical and mental domains of quality of life by anti-ischaemic drug and revascularisation treatment in elderly men and women with chronic angina. Heart. 2008 nov; 94(11):1413-8.

22. Lima FE, Araujo TL. Prática do autocuidado essencial após a revascularização do miocárdio. Rev Gauch Enferm. 2007 jun; 28(2):223-32.

23. Moser DK, Dracup K. Role of spousal anxiety and depression in patients' psychosocial recovery after a cardiac event. Psychosom Med. 2004 jul/aug; 66(4):527-32.

24. Seto TB, Taira DA, Berezin R, Chauhan MS, Cutlip DE, Ho KK et al. Percutaneous coronary revascularization in elderly patients: impact on functional status and quality of life. Ann Intern Med. 2000 jun; 132(12):955-8.

25. Rowe MA, King KB. Long-term chest wall discomfort in women after coronary artery bypass grafting. Heart Lung.1998 may/jun; 27(3):184-8.

26. Remonatto A, Coutinho AOR, Souza ON. Dúvidas e expectativas de pacientes no pós-operatório de revascularização do miocárdio quanto à reabilitação pós-alta hospitalar: implicações para a enfermagem. Rev Enferm UFSM. [periódico on line] 2012 [citado 22 jan 2013]; 2(1):39-48. Disponível em: https://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reufsm/article/view/3829/3125

27. Galter C, Rodrigues GC, Galvão ECF. A percepção do paciente cardiopata para vida ativa após recuperação de cirurgia cardíaca. J Health Sci Inst. 2010; 28(3):255-8.

28. Dantas RAS, Rossi LA, Costa MCS, Vila VSC. Qualidade de vida após revascularização do miocárdio: avaliação segundo duas perspectivas metodológicas. Acta paul enferm. 2010; 23(2):163-88.

29. Lima FET, Araújo TL, Serafim ECG, Custódio IL. Protocolo de consultas de enfermagem ao paciente após a revascularização do miocárdio: influência na ansiedade e depressão. Rev Latino-Am Enferm. [periódico on line] 2010 [citado 22 jan 2013]; 18(3):34-41. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rlae/v18n3/pt_06.pdf

30. Ponte KMA, Aragão AEA, Marques MB, Ferreira AGN, Vasconcelos MA, Silva MAM. Controle pressórico de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Rev Rene. 2010; 11(4):118-26.

31. Carvalho ARS, Matsuda LM, Stuchi RAG, Coimbra JAH. Investigando as orientações oferecidas ao paciente em pós-operatório de revascularização miocárdica. Rev eletr enferm [periódico on line] 2008 [citado 20 jan 2013]; 10(2):504-12. Disponível em: https://www.fen.ufg.br/revista/v10/n2/v10n2a21.htm

32. Carneiro AF, Mathias LAST, Júnior AR, Morais NS, Gozzani JL, Miranda AL. Avaliação da ansiedade e depressão no período pré-operatório em pacientes submetidos a procedimentos cardíacos invasivos. Rev Bras Anestesiol. 2009; 59(4):431-8.

33. Garbossa A, Maldaner E, Mortari DM, Biasi J, Leguisamo CP. Efeitos de orientações fisioterapêuticas sobre a ansiedade de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2009; 24(3):359-66.

34. Bottega FH, Fontana RT. A dor como quinto sinal vital: utilização da escala de avaliação por enfermeiros de um hospital geral. Texto & contexto enferm. 2010; 19(2):283-90.

35. Andrade EV, Barbosa MH, Barichello E. Avaliação da dor em pós-operatório de cirurgia cardíaca. Acta paul enferm. 2010; 23(2):224-9.

36. Cintra FA, Guariento ME, Miyasaki LA. Adesão medicamentosa em idosos em seguimento ambulatorial. Ciênc saúde colet. 2010; 15(7):3507-15.

37. Souza CA, Cardoso FL, Silveira RA, Wittkopf PG. Atividade sexual após infarto agudo do miocárdio. Arq Cat de Med. 2011; 40(2):30-3.

38. Lunelli RP, Rabello ER, Stein R, Goldmeier S, Moraes MA. Atividade sexual pós-infarto do miocárdio: tabu ou desinformação? Arq Bras Cardiol. 2008; 90(3):172-6.

39. Viana HB, Madruga VA. Sexualidade, qualidade de vida e atividade física no envelhecimento. Conexões Rev Faculdade de Educação Física UNICAMP. 2008 jul; 6 (ed. especial):222-33.

40. Vila VSC, Rossi LA. A qualidade de vida na perspectiva de clientes revascularizados em reabilitação: estudo etnográfico. Rev Latinoam Enferm. [periódico on line] 2008 [citado 22 jan 2013]; 16(1). Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rlae/v16n1/pt_01.pdf

41. Takiuti ME, Hueb W, Hiscock SB, Nogueira CRSR, Girardi P, Fernandes f et al. Qualidade de vida após revascularização cirúrgica do miocárdio, angioplastia ou tratamento clínico. Arq Bras Cardiol. 2007; 88(5):537-44.

42. Souza EN, Quadros AS, Maestri R, Albarrán C, Sarmento-Leite R. Preditores de mudança na qualidade de vida após um evento coronariano agudo. Arq Bras Cardiol. 2008;91(4):252-9.

43. Nery RM, Martini MR, Vidor CR, Mahmud MI, Zanini M, Loureiro A et al. Alterações na capacidade funcional de pacientes após dois anos da cirurgia de revascularização do miocárdio. Rev Bras Cir Cardiovasc. 2010; 25(2):224-8.

44. Nogueira CRSR, Hueb W, Takiuti ME, Girardi PBMA, Nakano T, Fernandes F et al. Qualidade de vida na revascularização miocárdica. Arq Bras Cardiol. 2008; 91(4): 238-44.

45. Wright L, Leahey M. Enfermeiras e Famílias. Guia de avaliação e intervenção na família. 5 ed. Editora Roca: São Paulo; 2012.

46. Lima FET, Magalhães FJ, Silva DA, Barbosa IV, Melo EM, Araujo TL. Alterações emocionais presentes nos pacientes que realizaram revascularização do miocárdio. Rev Enferm UFPE On Line [periódico on line]. 2010 abr/jun [citado 22 jan 2013]; 4(2):785-91. Disponível em: https://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/view/976