ENTRAR            

 


 

PARANINFO DIGITAL 2018; 28: e174

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Comentar este texto

Ir a Sumario

Documento anterior

Documento siguiente

Enviar correo al autor

Sin T�tulo


Modalidad de presentación:
comunicación digital

 

REF.: e174

Aspectos Epidemiológicos da Hanseníase em um Munícipio Endêmico do Nordeste Brasileiro no Período de 2010 a 2015
Dandara Candido Santos, Perpétua do Socorro Silva Costa, Derise de Assunção Barbosa, Rubens Menezes Gobira, Marcelo Donizetti Chaves, Daiane Chaves do Nascimento
Centro de Estudos Superiores de Caxias - CESC/UEMA (Caxias, MA, Brasil)

Rev Paraninfo digital, 2018: 28

Cómo citar este documento
Santos, Dandara Candido; Silva Costa, Perpétua do Socorro; Barbosa, Derise de Assunção; Gobira, Rubens Menezes; Chaves, Marcelo Donizetti; do Nascimento, Daiane Chaves. Aspectos Epidemiológicos da Hanseníase em um Munícipio Endêmico do Nordeste Brasileiro no Período de 2010 a 2015. Rev Paraninfo Digital, 2018; 28. Disponible en: <https://www.index-f.com/para/n28/e174.php> Consultado el

RESUMO

Introdução: A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa de grande importância para a saúde pública. O Maranhão é o primeiro estado do Nordeste com a maior prevalência da hanseníase, o presente trabalho objetivou realizar o levantamento epidemiológico da hanseníase em Caxias/MA, e, com isso, avaliar as características da doença no município.
Material e Métodos: Os dados foram obtidos pelo SINAN, através da Secretaria municipal de Vigilância e Saúde. Após análises quantitativas, foram descritos o perfil dos hansenianos e as características clínicas da doença.
Resultados: Foram notificados 865 casos durante o período estudado com maior número no sexo masculino, a prevalência maior ocorreu na raça parda, a faixa etária de 20 a 79 anos foi a mais frequente e a zona urbana foi o local com maior frequência. Quanto às características clínicas, a classe operacional multibacilar prevaleceu, 515 (59,5%) casos e a maioria não apresentava incapacidades físicas, tendo 552 casos (63,8%) classificados como grau zero. A forma clínica com maior registro foi a dimorfa 305 (35,3%) casos, baciloscopia negativa foi verificada em 377 (43,6%) casos e a maioria, 567 (65,5%) casos, não tinham nervos afetados.
Discussão: As oscilações observadas no número de casos notificados de hanseníase revela que a doença continua sendo um problema de saúde pública no município.
Conclusão: Um relevante número de casos de hanseníase em Caxias/MA é indicativo de uma doença ainda não controlada no município e, dessa forma, faz-se necessário fortalecer ações de vigilância epidemiológica que visem à descoberta precoce dos casos existentes na comunidade.
Palavras-chave: Mycobacterium leprae. Hanseníase. Epidemiologia. Endêmico. Brasil.
 

ABSTRACT
Epidemiological Aspects of Leprosy in an Endemic Municipality of Brazilian Northeast Brazil, in the Period 2010 to 2015

Introduction: Leprosy is an infectious disease of great importance to the public health. As Maranhão is the northeastern state with the highest prevalence of leprosy, the present study aimed at carrying out this epidemiological study of leprosy in Caxias/MA and evaluating the characteristics of the disease in the city.
Material and Methods: Data were obtained from SINAN, provided by the City Department of Surveillance and Health and after being processed through a quantitative process, they reported the profile of leprosy patients and the clinical features of the disease.
Results: 865 cases were reported during the study period with the highest numbers in males, 456 cases; the highest prevalence was in mulattos, 587 cases; the age group 20-79 years was the most frequent and the urban area was the location more frequently identified, 767 cases. As far as clinical characteristics are concerned, multibacillary operating class prevailed, 515 (59,5%) cases and most of the patients had no physical disabilities, with 552 (63,8%) cases classified as zero degree. Besides, the clinical form with highest record was dimorphic, 305 (35,3%) cases, negative smear was observed in 377 (43,6%) cases and most, 567 (65,5%) cases, had not affected nerves.
Discussion: Leprosy remains a public health problem in the city, the fluctuations observed in the number of reported cases of the disease is a sign that there is still no control.
Conclusion: A significant number of cases of leprosy in Caxias/MA is an indicative of a not controlled disease in the city. Thus, it is necessary to strengthen epidemiological surveillance aiming at early detection of cases in the community.
Key-words: Mycobacterium leprae. Leprosy. Epidemiology. Endemic, Brazil.
 

RESUMEN
Aspectos Epidemiológicos de la Lepra en un Municipio Endémico del Nordeste Brasileño, en el período de 2010 a 2015

Introducción: La lepra es una enfermedad infectocontagiosa de gran importancia para la salud pública. Maranhão es el estado del Nordeste de Brasil con mayor prevalencia de lepra. El presente trabajo tuvo como objetivo realizar el levantamiento epidemiológico de la lepra en Caxias/MA, y, con ello, evaluar las características de la enfermedad en el municipio.
Materiales y Métodos: Los datos fueron obtenidos mediante el SINAN, a través de la Secretaría Municipal de Vigilancia y Salud. Después de los análisis cuantitativos, se describió el perfil de los hansenianos y las características clínicas de la enfermedad.
Resultados: Se notificaron 865 casos durante el período estudiado, con un mayor número en el sexo masculino; se presentó mayor prevalencia en la raza parda; la franja de edad de 20 a 79 años fue la más frecuente, y la zona urbana fue el lugar con mayor frecuencia. En cuanto a las características clínicas, la clase operativa multibacilar prevaleció con 515 (59,5%) casos, y la mayoría no presentó incapacidades físicas, con 552 (63,8%) casos clasificados como grado cero. La forma clínica con mayor registro fue la dimorfa con 305 (35,3%) casos, baciloscopia negativa fue verificada en 377 (43,6%) casos y la mayoría, 567 (65,5%) casos, no presentó nervios afectados.
Discusión: Las oscilaciones observadas en el número de casos notificados de lepra revela que la enfermedad sigue siendo un problema de salud pública en el municipio.
Conclusión: Un importante número de casos de lepra en Caxias/MA es indicativo de una enfermedad aún no controlada en el municipio y, de esa forma, se hace necesario fortalecer acciones de vigilancia epidemiológica que apunte al descubrimiento precoz de los casos existentes en la comunidad.
Palabras clave: Mycobacterium leprae. Lepra. Epidemiología, Endémico, Brasil.


Bibliografía

1. Hinrichsen SL, Pinheiro MRS, Jucá MB, Rolim H, Danda GJN, Danda DMR. Aspectos epidemiológicos da hanseníase na cidade de Recife, PE em 2002. Anais Brasileiro de Dermatologia 2004; 79(4): 413-21.
2. Barbieri CLA, Marques HHS. Hanseníase em crianças e adolescentes: revisão bibliográfica e situação atual no Brasil. Pediatria 2009; 31(4): 281-90.
3. Aquino DMC, Caldas AJM, Silva AAM, Costa JML. Perfil dos pacientes com hanseníase em área hiperepidêmica da Amazônia do Maranhão, Brasil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropica 2003; 36(1): 57-64.
4. Jensen RGD. Hanseníase: Abordagem Fisioterapêutica. Revista Olhar Científico 2010; 01(2): 332-3.
5. Suzuki K, Akama T, Akira K, Yoshihara A, Yotsu RR, Ishi N. Current status of leprosy: Epidemiology, basic science and clinical perspectives. The Journal of Dermatology . 2012;39(2):121�129.
6. Ridley DS, Jopling WH. Classification of leprosy according to immunity. A five-group system. Int J Lepr Other Mycobact Dis. 1966;34(3):255�73.
7. Massone C, Brunasso AMG. Classification. In: Leprosy. Springer. Milano: Milan; 2012. p. 43�7.
8. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
9. Sampaio APS, Rivitti EA. Hanseníase Dermatologia. 2a ed. São Paulo: Artes Médicas; 2001.
10. Lastoria JC, Macharelli CA, Putinatti MSMA. Hanseníase: realidade no seu diagnóstico clínico. Hansenologia Internationalis 2003; 28(1): 53-8.
11. Silva Sobrinho RA, Mathias TAF; Gomes EA, Lincoln PB. Avaliação do grau de incapacidade em hanseníase: uma estratégia para sensibilização e capacitação da equipe de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem [online]. 2007, vol.15, n.6, pp.1125-1130
12. Amador MPS. Hanseníase na infância no município de Curionópolis -sudeste do Pará- relato de caso, Hansenologia Internationalis 2001; 26(2): 121-125.
13. Casa de Oswaldo Cruz. Fundação Oswaldo Cruz. Brasil avança contra hanseníase, mas mantém desigualdade, 2016. Disponível em:
https://agencia.fiocruz.br/brasil-avanca-contra-hanseniase-mas-mantemdesigualda-de?utm_source=Facebook&utm_medium=Fiocruz&utm_campaign=campaign&utm_term=term&utm_content=content Acesso em 27/Jun/2016.
14. Dominguez B. Hanseníase: Problema persistente. Revista Radis Comunicação e Saúde 2015; n°150: 24-6.
15. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Dia Mundial de Combate à Hanseníase, 2015. Disponível em:
https://www.sbd.org.br/dia-mundial-de-combate-hanseniase/ Acesso em 27/Out/2015.
16. Brasil. Portal da Saúde. Registro ativo: número e percentual, Casos novos de hanseníase: número, coeficiente e percentual, faixa etária, classificação operacional, sexo, grau de incapacidade, contatos examinados, por estados e regiões, Brasil, 2015. Brasília: Ministério da Saúde; 2017.
17. Maranhão. Secretaria do Estado de Saúde. Ministério da Saúde e Governo do Maranhão firmam pacto contra a Hanseníase. São Luís: Governo do Estado do Maranhão; 2015. Disponível em:
https://www.casacivil.ma.gov.br/ministerio-da-saude-e-governo-do-maranhao-firmam-pacto-contra-a-hanseniase/. Acesso em 27/Out/2015.
18. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Coordenação de População e Indicadores Socias, 2014. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=210300 Acesso em 02/01/2016.
19. World Health Organization. Estrate´gia global aprimorada para reduçao adicional da carga da hanseniase (2011 2015). Brasil: Ministério da Saúde; 2010.
20. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia para o Controle da hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.
21. Alencar CHM, Barbosa JC, Ramos Jr AN, Alencar MJF, Pontes RJS, Castro CGJ et al. Hanseníase no município de Fortaleza, CE, Brasil: aspectos epidemiológicos e operacionais em menores de 15 anos (1995-2006). Revista Brasileira de Enfermagem 2008; 61: 694-700.
22. Ribeiro-Junior AF, Vieira MA, Caldeira AP. Perfil epidemiológico da hanseníase em uma cidade endêmica no Norte de Minas Gerais. Revista Brasileira Clínica Médica 2012; 10(4): 272-7.
23. Ferreira IN. Busca ativa de hanseníase na população escolar e distribuição da endemia no município de Paracatu - MG. [tese de doutorado]. Brasília Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília; 2008.
24. Pinto RA, Maia HF, Silva MAF, Marback M. Perfil clínico e epidemiológico dos pacientes notificados com hanseníase em um hospital especializado em Salvador, Bahia. Revista Baiana de Saúde Pública 2009; 34(4): 906-18.
25. Garcia JRL. Entre a �loucura� e a hanseníase: interfaces históricas das práticas e políticas instituídas. Hansenologia Internationalis 2001; 26(1): 14-22.
26. World Health Organization. Estratégia global para aliviar a carga da hanseníase e manter as atividades de controle da hanseníase. Plano 2006-2010. Brasília: Organização Mundial de Saúde; 2005.  
27. Pereira SVM, Bachion MM, Souza AGC; Vieira SMS. Avaliação da hanseníase: relato de experiência de acadêmicos de enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem 2008; 61(7): 74-80.
28. Brasil, Ministério da Saúde. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 7. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2008.
29. Carvalho MSV. Prevalência de incapacidade física em hansenianos atendidos em Centro de Referência de Teresina - Piauí no período de 2005-2010 [dissertação de mestrado]. Teresina: UNINOVAFAPI, 2013.
30. Lima HMN, Sauaia N, Costa VRL, Neto GTC, Figueiredo PMS. Perfil epidemiológico dos pacientes com hanseníase atendidos em Centro de Saúde em São Luís, MA. Revista Brasileira Clinica Médica 2010, 8(4): 323-327.
31. Pimentel MIF, Borges E, Sarno EN, Nery JA da C, Gonçalves RR. O exame neurológico inicial na hanseníase multibacilar: correlação entre a presença de nervos afetados com incapacidades presentes no diagnóstico e com a ocorrência de neurites francas. Anais Brasileiros de Dermatologia 2003; 78(5):561�5688.

Principio de p�gina
error on connection